Desempenho ofensivo do Furacão deixa a desejar

Historicamente conhecido por possuir artilheiros em seus elencos e dentre eles o maior goleador do Brasileirão em uma só temporada (Washington em 2004, com 34 gols), o Atlético vem deixando a desejar neste ano.

No Estadual, o time balançou as redes adversárias por 47 vezes, mas os avantes foram responsáveis por apenas 18 gols (quadro), o que representa 38%. A crítica se acirra ainda mais se for considerado que dos 18 gols, 12 foram feitos por um único jogador: Marcelo Ramos.

Neste início de Brasileirão a situação não melhorou em nada. Dos oito assinalados em seis jogos, os atacantes marcaram somente três. Dois de Marcelo Ramos (um deles de pênalti) e outro de Pedro Oldoni, reserva que eventualmente entra no time. Assim, numa análise rápida dos números, entende-se que o setor ofensivo não tem funcionado por falta de qualidade para formar a dupla de ataque com o experiente Ramos, que nas últimas apresentações também tem decepcionado. Espera-se que o rendimento melhore com a entrada de Júlio César.

Defesa

Quem tem salvado o Furacão e balançado as redes com mais consistência são os defensores, especialmente os zagueiros. Só em 2008, Antônio Carlos, Danilo e Rhodolfo já fizeram a alegria do torcedor por 15 vezes, enquanto os três atacantes (Marcelo, Pedro Oldoni e Willian) somam juntos apenas seis gols a mais. Pouco para um setor que se dedica quase que exclusivamente a finalizar contra a baliza adversária.

No Brasileirão, Danilo e Antônio Carlos já deixaram suas marcas e também têm um bom desempenho em suas funções originais: defender a meta rubro-negra. Em recente levantamento do Datafolha, o zagueiro Danilo é apontado como o 5.º maior ladrão de bolas da competição. E Antônio Carlos sempre tem uma atuação equilibrada.

Questionado sobre essa veia artilheira dos defensores em comparação aos atacantes, Roberto Fernandes disse que isso se deve ao sistema antigo que a equipe jogava, mas que agora procura dar maior equilíbrio entre os setores. ?É tudo uma questão de análise. Quando se tem sete jogadores de marcação e três de ataque é normal que ocorra esse equilíbrio. O Atlético vinha jogando com três zagueiros, dois volantes e dois laterais, que têm capacidade mais defensiva. Então a função de fazer gols ficava apenas em cima de três atacantes. Agora, queremos colocar mais gente ofensiva, sem se desequilibrar defensivamente?, explicou.

Voltar ao topo