Curinga do Coxa pode ir para o banco no clássico

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Jackson perdeu a vaga na lateral
com o retorno do titular Rafinha.

É dura a vida do curinga. Se o jogador polivalente tem capacidade para atuar em várias posições, também perde espaço geralmente por causa da presença dos chamados especialistas. Jackson, meio-campista do Coritiba, pode passar por esta situação nesta semana. Ele, um dos mais regulares da equipe no Campeonato Brasileiro atuando no meio-campo ou na ala-direita, pode sobrar no time que enfrenta o Atlético no clássico de domingo, às 16h, no Joaquim Américo.

No início do Brasileiro, ainda sob comando de Antônio Lopes, Jackson era o armador do Coritiba, vestia a camisa 10 e foi responsável pela vitória na primeira rodada da competição, marcando o gol do 1×0 sobre o Fortaleza. Até a saída do Delegado, agora treinador do Atlético, ele permaneceu no meio-campo, continuando assim quando Cuca foi contratado. O meia só trocou de posição quando Rafinha foi para a seleção sub-20 disputar o Mundial da categoria.

E se estava bem no meio, Jackson passou a se destacar pelo lado direito. "Ele realmente teve ótimas atuações, dá movimentação e velocidade ao time", elogia o técnico Cuca. Nas últimas duas atuações do Cori, ele marcou dois gols (um contra o Goiás e outro contra o Paysandu). Em ambos, o armador apareceu como elemento surpresa, fechando pelo meio e concluindo – no sábado, recebeu um passe da direita de Caio e chegou como centroavante, na pequena área.

Se Jackson teve sucesso na improvisação (assim como teve em 2003), esta possibilidade desaparece com o retorno de Rafinha. "O dono da posição está por aí", brinca o meio-campista. No treino de ontem, o lateral já ocupou a ala e isto deve acontecer no Atletiba. "Eu espero permanecer na equipe, mas quem decide é o Cuca", reconhece o jogador, que entra agora na briga por uma posição no meio-campo com Marquinhos, Luís Carlos Capixaba e até mesmo Caio.

E como Marquinhos agora é o dono da camisa 10 e permanece como grande esperança da torcida, Jackson tenta fazer valer sua regularidade até o domingo, quando Cuca vai definir quem é que enfrenta o Rubro-Negro. "Eu estou aqui para ajudar o Coritiba. E quero que o que aconteça, seja o que for, seja o melhor para todo mundo", finaliza o meio-campista.

Cuca esconde escalação

"Aí vai o ‘ou’, o ‘ou’ e o ‘ou’". O técnico Cuca, mais que nunca, usa do mistério para montar o Coritiba que vai para o clássico na Arena da Baixada. Sabendo do conhecimento do colega Antônio Lopes, que treinou o Coxa até maio, o comandante alviverde dificilmente emitirá opiniões ou táticas até o domingo. E para tentar confundir ainda mais os donos da casa, ele deixa várias opções abertas na defesa e no meio-campo.

Na zaga, Reginaldo Nascimento e Vágner disputam uma posição ao lado de Flávio e Miranda – mesmo que este prefira não se garantir no Atletiba. "Vamos ver no final da semana", brinca. No treino tático de ontem, Cuca colocou Vágner pelo lado esquerdo, mas a experiência do capitão coxa pode fazer a diferença na decisão de Cuca.

Já no meio-campo, a briga é mais aberta, entre Marquinhos e Jackson – sendo que não seria surpresa a possibilidade de ambos jogarem e Luís Carlos Capixaba sair (mas esta hipótese é mais remota). Quando fala do assunto, Cuca volta a citar o "ou" como ‘garantido’ para o clássico. "São situações que eu quero avaliar nestes dias", justifica o técnico. Caio, que seria outra opção, ainda vai ficar no banco de reservas, pois não está na forma física ideal.

No trabalho da manhã de ontem, Marquinhos foi poupado e ficou realizando treino físico. Enquanto isso, Cuca escalou Jackson no meio-campo, ao lado de Capixaba e Márcio Egídio. Mas a definição da equipe vai ficar mesmo para momentos antes do jogo, no vestiário do Joaquim Américo. Enquanto isto, jogam o "ou", o "ou" e o "ou".

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