Toledo 1×1 Coritiba: a ausência de criatividade

Robson retrata a dificuldade do Coritiba em criar alguma coisa. Foto: Carlos Chiossi/Foto Digital

No abafa e na melhor condição física, o Coritiba conseguiu empatar com o Toledo neste sábado (29) no 14 de Dezembro. Foi o possível a ser arrancado com um time muito carente no meio-campo. Assustou a forma como o time de Eduardo Barroca ficou órfão de Rafinha e teve que adotar o chuveirinho para não sair derrotado do Sudoeste.

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Quando a Nadja Mauad me perguntou no Globo Esporte sobre as mudanças do Coritiba, disse que em relação às laterais não via ausências, e sim jogadores melhores do que os pretensos titulares. Yan Couto já deveria estar jogando desde o início do Campeonato Paranaense, e Kazu se mostrou com mais qualidade do que William Matheus – e quem o defendia tinha razão.

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Os meninos começaram bem a partida. E fizeram o Coxa ser melhor em campo, mesmo com as dificuldades de armação pelo meio, com Matheus Galdezani ficando sobrecarregado. Depois de duas ou três chances perdidas, Rhodolfo cometeu um pênalti infantil em cima de Vieira, que soltou uma bomba para abrir o placar. Jogando na defensiva e saindo em vantagem, os donos da casa estavam do jeito que queriam.

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O Coritiba estava de novo desconfortável em campo. Com um cinturão defensivo – a linha de quatro zagueiros, Mineiro à frente deles e uma segunda linha de marcação -, o Toledo impunha dificuldades terríveis para a criação de jogadas do Coxa. A Rafinhadependência nessas horas fica mais evidente. Só que desta vez não tinha Rafinha, e era preciso encontrar soluções.

Kazu teve trabalho na esquerda. Mas é mais qualificado do que William Matheus. Foto: Carlos Chiossi/Foto Digital

Segundo tempo

Já que está fazendo avaliações, Eduardo Barroca poderia ter voltado para a etapa final já com Giovanni Augusto no lugar de Thiago Lopes – ou mesmo Galdezani, caso quisesse ser mais agressivo. O panorama tático não mudou, e apesar de não buscar o ataque, o Toledo era mais perigoso do que o Coritiba. Mostrando o erro em não mexer, o treinador alviverde apostou em Giovanni e também em Wanderley.

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Tirando Thiago e Wellissol, o Coxa optou por furar a retranca dos donos da casa por cima – Yan Couto e Kazu estavam bem adiantados, Robson e Giovanni abertos e Wanderley e Igor Jesus dentro da área. A estratégia era manjada, mas era a única que poderia compensar a falta de criatividade do meio-campo alviverde. Pelo centro do campo não dava, tanto pelo posicionamento do Toledo quanto pela dificuldade dos visitantes.

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Uma imagem que deixou clara o sofrimento da armação alviverde: seis jogadores na linha da grande área, ninguém para criar e Rafael Lima com a bola sem saber o que fazer. Só a bola parada poderia resolver, e foi assim que o empate veio com Rhodolfo. Era possível virar, apesar de tudo, mas o chuveirinho não resolveu – e Alex Muralha ainda fez um milagre no último lance. O Coritiba ficou devendo mais uma vez.

Registro final

Uma faixa na arquibancada do 14 de Dezembro: “Vacina salva. Fake news mata“. Perfeito.

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