No final da tarde desta quarta-feira (3), o Athletico publicou uma carta a seus torcedores – os detalhes estão aqui. Assinada pelo presidente Mário Celso Petraglia e pelo seu braço direito no clube, o presidente do Conselho Deliberativo, Aguinaldo Coelho de Farias, o texto pede ajuda neste momento de crise generalizada.
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O trecho mais importante da carta de Petraglia é o seguinte: “Necessitamos de um período de paciência, sacrifício e dedicação da nossa torcida para continuarmos em ascensão“. É um apelo para que mais torcedores se associem, e que os sócios atuais não cancelem seus planos.
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Vivemos um momento totalmente diferente, não é preciso entrar em mais detalhes. Todos precisamos cortar na carne – é difícil que não haja uma pessoa sequer que não tenha sofrido o impacto econômico dessa pandemia. E é inevitável que sejam feitas escolhas. Há quem tenha desistido da TV a cabo, da plataforma de streaming, daquela troca de carro… E quem tenha que abrir mão do plano de sócios.
Petraglia está certo?
Não estamos em um momento de exigir sacrifícios do torcedor. Na sua imensa maioria, é a ponta mais fraca dessa história. É quem sente na pele a ameaça de uma doença ainda não devidamente conhecida – e sem vacina – e, ao mesmo tempo, vive o impacto diário da crise no bolso.
Tenho certeza que os clubes sofrem – mesmo os bem administrados, como o Athletico. Mas daí para achar que são os torcedores neste momento que vão ter que dar sua cota de sacrifício é uma outra história. Até porque não há nenhum aceno de desconto, de ajuste temporário, de mais vantagens. O máximo que Petraglia fez foi falar em “nossos agradecimentos” aos sócios adimplentes.
O Furacão faturou muito, mas muito dinheiro com negociações nos últimos doze meses. Semana passada negociou Robson Bambu – um jogador que veio de graça e saiu por mais de 40 milhões de reais. Até onde se sabe, Mário Celso Petraglia dirige um clube com os cofres cheios. Não precisa ficar pedindo sacrifícios para os torcedores.