Os investidores estrangeiros nem chegaram oficialmente ao Paraná Clube e já surgiu um nome para comandar o futebol tricolor: Felipe Ximenes, que teve no futebol paranaense seu maior êxito no Coritiba, e que recentemente não teve trabalhos lá muito interessantes. Seria ele a administrar o investimento que chegaria a R$ 10 milhões em salários até o final da temporada (uma folha de mais de R$ 1 milhão por mês).

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Mesmo que o aporte mais pesado seja para a Série B, imagina-se que o grupo que assumiria o Paraná já começaria a tocar o barco a partir de agora – inclusive para tentar colocar as contas em dia. Até por isso é preciso calma para ver resultados práticos da parceria. Mas e Ximenes?

O executivo é um dos símbolos de uma era do futebol brasileiro – a “era dos dirigentes remunerados”. Hoje mais comum, a ponto de não ser mais um grande tema, a adoção de gestores profissionais foi uma onda lá a partir de 2005. Nomes como Rodrigo Caetano, Alexandre Mattos, Ocimar Bolicenho, Anderson Barros e o próprio Ximenes ficaram tão ou mais em evidência do que os jogadores. Eram os caras que iriam modernizar nosso futebol.

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+ E a questão permanece: um investidor vai salvar o Tricolor?

Sabemos que não é bem assim, e que alguns desses se encantaram com a chance de virarem estrelas. Nenhum executivo tem fórmula mágica, não são detentores do poder de transformar um clube. Exemplos disso não faltam.

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No Coritiba, Felipe Ximenes teve sucesso sim. Ao lado de Ney Franco, montou o último elenco dominante do Coxa, aproveitando-se de oportunidades de ocasião (Marcos Aurélio, Tcheco), contratações cirúrgicas (Rafinha, Davi, Emerson) e apostas certeiras (Éverton Ribeiro). Deu muito certo, o detalhe impediu a conquista da Copa do Brasil com Marcelo Oliveira e uma falta de foco tirou a chance de jogar a Libertadores em 2012.

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Mas depois de dois anos de êxito, o Coritiba teve dois anos de muita tensão, com desentendimentos entre o diretor e Marcelo Oliveira, contratações fracassadas (algumas viraram processos contra o Coxa), falta de reposição de peças, pressão interna e externa e a demissão inevitável em 2013.

O tempo passou, o executivo não teve um trabalho de longa duração (Fluminense, Criciúma, Goiás, Flamengo, Vitória) e seu nome ressurge em cima da tão ansiada entrada de dinheiro no Paraná Clube. É uma chance e tanto para Ximenes se realmente tudo se concretizar. Ele terá suporte financeiro e carta branca para fazer o que pensa no Tricolor. Se tiver a ousadia necessária, pode fazer o dirigente remunerado voltar a ser notícia.

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