Athletico 1×0 PSTC: quebrando o muro

Foto: Albari Rosa/Foto Digital

Pode ser Campeonato Paranaense, Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores ou Copa do Mundo – furar um sistema defensivo organizado e fechado é duro. Você pode achar que falei ‘dobrado’ quando disse sistema defensivo fechado. Mas é isso mesmo. Priorizando a defesa, é natural que a equipe seja mais trancada, bloqueando a entrada da área. Se você opta por jogar ofensivamente, é natural que deixe mais espaços. É tudo meio óbvio, mas explica bem a dificuldade que o Athletico teve pra vencer o PSTC por 1×0, nesta quarta (22), na Arena da Baixada.

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Reginaldo Vital sabe que não poderia colocar seu time jogando de peito aberto diante dos meninos do Furacão. O que ele fez? Trabalhava com duas linhas bem claras de marcação atrás da linha de intermediária. Nem sempre eram duas linhas de quatro, em momentos eram cinco na defesa e três fechando o meio-campo. O objetivo era travar a velocidade rubro-negra.

Danilo Boza entre os zagueiros do PSTC. Tava difícil furar o bloqueio. Foto: Gabriel Rosa/Foto Digital

No primeiro tempo, o PSTC conseguiu. Sem movimentação (só Pedrinho tentava alguma coisa), o Athletico simplesmente não criou. Ficou encaixotado na marcação adversária e fez com que a partida ficasse chata às pampas. Só tem uma solução pra sair dessa arapuca com bola rolando: movimentação. Troca de posições, infiltrações, participação dos volantes.

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E passou por um volante a solução. Christian já tinha ido bem no Paranaense do ano passado. Com o elenco principal repleto de opções, ele não teve espaço e foi emprestado. O camisa 8 tem essa capacidade de sair para o jogo, criar opções e arriscar. Foi assim que ele levou o Athletico pro ataque, quebrando o muro procopense – construindo uma boa jogada que não resultou em gol e depois acertando um belo chute pra dar a vitória ao Rubro-Negro. Longe de ser brilhante, mas com seis pontos em dois jogos.

Um detalhe

Espero que tenha sido apenas uma solução de emergência a escalação de Jaderson na lateral-esquerda. Ainda jovem, o atacante precisa ser colocado onde rende mais, pra que possa mostrar o potencial que se viu ano passado. Pulando de galho em galho, a evolução dele pode ser prejudicada.