Com a transferência do meia Robinho para o Palmeiras, o técnico Marquinhos Santos terá que repensar a forma que escalará o Coritiba nesta temporada. Se em 2014 o treinador tinha dois armadores – Robinho e Alex -, agora ele não tem nenhum jogador que possa exercer a função. A principal opção seria o garoto Dudu, mas que não é propriamente dito um camisa 10.
Assim, diante das perdas e das contratações, inevitavelmente Marquinhos terá que montar o Coxa reforçado na defesa, mas com velocidade nas laterais. A tendência seria um time com três volantes, com Hélder como o marcador e aí quatro jogadores para duas posições de segundo volante, com mais liberdade para atacar – Pedro Ken, Rosinei, Cáceres e João Paulo, estes dois últimos ainda não confirmados oficialmente pela diretoria.
No ataque, além do centroavante, Marquinhos Santos deve utilizar dois pontas um pouco mais recuados, fechando os espaços no meio-campo para ajudar na marcação e impedir os espaços para o adversário, mas também apoiando na frente fazendo a bola chegar até o camisa 9. Neste caso, Dudu, os contratados Negueba e Rodolfo e o recém-chegado Mazinho são os candidatos à titularidade.
De qualquer forma, a criação das jogadas, caso não nenhum atleta seja contratado para exercer a função, será o setor mais carente do Alviverde, que não terá um ‘cérebro’ em campo. Além disso, a equipe perde na experiência. Apesar da volta de Pedro Ken, com 27 anos e passagens por outros clubes, como Vasco e Cruzeiro, e a iminente chegada de João Paulo, com 29 anos, falta no meio-campo alguém mais experiente, tanto para criar as jogadas, como para arrumar a casa e ajudar os mais novos.
Diretoria vai atrás de reposição
A venda de Robinho para o Palmeiras, sacramentada ontem, vai injetar R$ 2,5 milhões no cofre do Coritiba. Dinheiro que vai fazer o Coxa ir com força ao mercado para tentar encontrar uma referência técnica para o time. Se a reposição estiver acima do teto previsto pelos dirigentes, não tem problema. Desde que resolve o problema de criação do time. “Vai depender do jogador. Se ele se enquadrar no que a comissão técnica quer, até poderemos fazer um esforço extra, mesmo nesse momento do Coritiba”, revelou o presidente coxa-branca Rogério Bacellar.
Diante da perda, o Coxa não tem nenhuma referência para a armação. Por isso, o perfil que a diretoria procura no mercado é de um jogador experiente e com características semelhantes às de Robinho. “Tem de ser um jogador à altura ou melhor que ele. Não adianta pegar o dinheiro e usar em outros jogadores que não vão resolver”, completou Bacellar.
Uma realidade possível depois de o Coritiba conseguir aumentar a negociação para vender 50% dos direitos econômicos do jogador para o Palmeiras. De R$ 2,1 milhões, subiu mais R$ 400 mil os valores não foram confirmados oficialmente devido a uma cláusula de confidencialidade no contrato.
Na negociação, o atacante Mazinho, apelidado de Messi Black, será jogador do Coritiba até dezembro, com salário pago pelo Palmeiras. Marquinhos Santos poderá, ainda, escolher, até o início do Brasileiro, outros dois jogadores disponíveis no clube paulista. “(É um dia) de alegria em virtude de realizar um sonho ao defender uma das maiores equipes do futebol brasileiro”, escreveu Robinho em seu site oficial.