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René Simões é procurado pelo Coritiba, mas rejeita para continuar como ‘coaching de técnico’

Aos 64 anos, René Simões se aposentou dos gramados e agora trabalha como 'coaching' de treinadores. Foto: Reprodução/Facebook

A nova diretoria do Coritiba, encabeçada pelo presidente Samir Namur, assumirá oficialmente apenas na noite desta quinta-feira (14), mas desde o último sábado (9), quando foi eleita, já está trabalhando na montagem de elenco, comissão técnica e diretores.

Qualquer anúncio oficial só deve acontecer a partir desta sexta-feira (15), mas os dirigentes já entraram em contato com algumas pessoas. E um dos nomes foi o de René Simões.

Ex-técnico do Coxa em 2007, quando, inclusive, foi campeão da Série B, e em 2009, Simões foi procurado para ocupar o cargo de diretor de futebol, função já exercida por ele no Vasco, em 2012. No entanto, por conta de outros projetos, ele rejeitou o convite.

“Não foi uma coisa que tenha vindo do presidente. Foi alguém do grupo deles que me fez essa consulta, agradeci muito, mas da mesma forma como agradeci o Fluminense também. Estou trabalhando com o treinamento de treinadores. É o caminho que eu quero seguir. A não ser que essa nova empreitada que eu estou adotando não dê certo, mas até agora está funcionando”, revelou René Simões, em entrevista à Tribuna do Paraná.

O último trabalho de René em um clube foi no Macaé, onde comandou o time no Campeonato Carioca deste ano. Desde outubro, ele se aposentou dos gramados e assumiu a função de ‘coach’ de treinadores. Entre seus clientes estão Fábio Carille, campeão paulista e brasileiro pelo Corinthians, e Zé Ricardo, atualmente no Vasco. A ideia é ajudá-los passando a experiência adquirida ao longo dos 64 anos de vida.

Última passagem de René pelo Coxa foi em 2009, ainda como técnico. Foto: Arquivo
Última passagem de René pelo Coxa foi em 2009, ainda como técnico. Foto: Arquivo

“Eu trabalho com o Carille, Zé Ricardo, Lucho Nizzo (do América-RJ), que subiu para a primeira divisão carioca. Eu não falo de parte tática, técnica, de escalação de jogadores. Vamos passando experiência para eles. Eu entro em uma área de conflito, administro egos, como se portar, crio protocolos, planejamentos, ajudo na preleção, temas abordados, relacionamento com familiares, orientação como um todo, a parte psicológica”, explicou.

Coxa-branca assumido

No entanto, o agora ex-treinador nunca escondeu a sua torcida pelo Alviverde. “Já deixei duas vezes de ser contratado pelo Atlético porque lembravam que eu sou coxa-branca”. E mesmo de fora do clube, dá conselhos para a nova gestão iniciar bem o trabalho.

“Lamentamos a queda, mas o Coritiba andou flertando com ela nos últimos anos. Muitos me perguntaram o que eu achava da eleição, mas eu não queria me manifestar porque não seria correto da minha parte. Mas parabenizaria qualquer um que ganhasse. Espero agora que o Samir tenha uma administração transparente e competente. Em uma carta que citei, eles deveriam visitar a confederação brasileira de rugby, eleita a mais bem administrada do Brasil, e o Flamengo, para ver o planejamento de diminuição de dívidas, de como feito”, afirmou Simões, pedindo apoio dos torcedores.

“Que a torcida tenha paciência, que eles não imaginem que o Samir vai resolver todos os problemas imediatamente. Não vai. O clube tem um passivo grande e é difícil fazer isso, mas vamos torcer”, completou.