Na bronca

Pênalti controverso marca derrota do Coritiba, que admite má atuação contra o São Paulo

Momento do pênalti do Coritiba, quando Tiago Real bateu com a mão na bola. Foto: Hugo Harada

A falta de atenção mais uma vez decretou um revés do Coritiba no Campeonato Brasileiro, agora no 2×1 para o São Paulo, na tarde de domingo (26), no Couto Pereira. Dependendo do resultado para respirar e evitar a pressão na última rodada, o time não fez a lição de casa e acabou não somando pontos na penúltima rodada da Série A.

O goleiro Wilson, autor do gol coxa-branca, foi bastante crítico ao deixar o gramado. “Foi mais um jogo de desatenção”, disparou, remetendo à derrota por 3×0 na rodada anterior, para o Atlético-MG.

“Deixamos a equipe deles trabalhar muito a bola. Não jogamos e demos chance pra eles”, sintetizou. Visivelmente incomodado, o arqueiro reconheceu. “Saímos na frente, mas não merecemos”.

De fato, o gol convertido por Wilson surgiu de uma penalidade inexistente, assinalada pelo árbitro Anderson Darongo depois da indicação equivocada do assistente adicional Eleno Todeschini. No jogo aéreo, quem tocou na bola foi Tiago Real e não Edimar. No entanto, o autor da jogada que culminou na penalidade contemporizou.

“Ele falou para o Rodrigo Caio e outros jogadores que houve o empurrão. E realmente, eu estava na bola, recebi a carga. A bola bateu na minha mão, mas ele deu o empurrão. Fica difícil a gente fazer um fair-play, porque ele marcou o empurrão. E eu concordo, recebi a carga por trás”, justificou ele.

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De qualquer forma, justo ou injusto, o pênalti não ajudou o Coxa, que vai ter que ir com tudo pra cima da Chapecoense, na Arena Condá, para não depender do resultado dos adversários diretos na briga contra o rebaixamento. Por isso, o volante Jonas sabe exatamente a postura que o elenco terá de tomar para evitar uma catástrofe na última rodada.

“Não tem como se abater. A batalha continua! A gente errou muito e não estamos acostumados com isso. Mas é esquecer isso aqui e brigar lá”, finalizou.