O Coritiba vai apostar no técnico Jorginho para tentar, ainda neste ano, retornar para a elite do futebol brasileiro. O treinador de 55 anos chega sem ter feito grandes trabalhos recentemente, mas pode tentar mudar o rumo do time coxa-branca na sequência da Série B. Competição, aliás, que ele conhece bem, já que foi demitido do comando da Ponte Preta há um mês.

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Foi justamente na Macaca que ele teve um dos melhores trabalhos na sua curta carreira no banco de reservas. Em 2013, ele levou a equipe de Campinas até a final da Copa Sul-Americana, mas não conseguiu o título e ficou com o vice-campeonato do torneio após derrota para o Lanús, da Argentina.

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“Quando ele voltou para a Ponte Preta, neste ano, ficou o histórico da sua primeira passagem. Chegou à final da Sul-Americana, mas cometeu equívocos na escalação na final contra o Lanús. Foram muitas improvisações. A expectativa era muito grande, já que a Ponte Preta nunca teve um título de expressão na sua história. Depois, no mesmo ano, o clube foi rebaixado. Era ele o técnico e, por isso, chegou com uma carga muito grande por dividir a torcida”, comentou o repórter da Rádio Bandeirantes de Campinas, Júlio Nascimento.

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Começou a carreira em 2006 no América-RJ, sendo vice-campeão carioca. Em seguida, virou auxiliar-técnico de Dunga na seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2010. Depois, passou por Goiás, Figueirense, futebol japonês, duas vezes pelo Vasco e trabalhou também no Flamengo, Bahia e Ceará. Mas foi no time cruzmaltino que Jorginho talvez tenha emplacado seu trabalho mais marcante. Em 2015, pegou o time praticamente rebaixado e por muito pouco não escapou da degola, caindo na última rodada. Na Série B de 2016,conseguiu o acesso da equipe carioca para a primeira divisão, mas com uma campanha de altos e baixos.

Jorginho teve duas passagens pelo Vasco. Na primeira, recolocou o clube na Série A. No ano passado, durou pouco tempo no cargo. Foto: Paulo Fernandes/Vasco

Em 2019, de volta à Ponte Preta, o técnico alternou momentos bons e ruins. No Campeonato Paulista, não conseguiu a classificação e perdeu o troféu do interior para o Red Bull. Foi também eliminado pela Aparecidense-GO precocemente da Copa do Brasil e o clima para o início da Série B não era dos melhores.

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“O Campeonato Paulista para a Ponte Preta foi praticamente jogado no lixo. Então, ele entrou no Brasileiro muito sobrecarregado. A vitória no derby sobre o Guarani deu uma sobrevida para ele, mas foi uma campanha de muita oscilação. Chegou a ter uma arrancada de seis jogos antes da parada para a Copa América, mas nunca foi unanimidade‘, emendou Nascimento.

Jorginho comandou o Bahia em 2017 e enfrentou o Coxa no Couto Pereira. Foto: Pedro Serapio

Ainda não há a definição se o treinador trará outros membros para a comissão técnica do Coxa. Um preparador físico e o auxiliar-técnico Luiz Fernando Iubel, que já trabalhou em outras áreas do Verdão, devem chegar junto para a sequência da temporada.