Invasão de gramado faz Coritiba tomar providências

O Coritiba entrou em estado de alerta após o fotógrafo Gilmar Abreu Pinto invadir o gramado da Arena Joinville na terça-feira para registrar a saída do árbitro Alício Pena Júnior (MG).

O profissional assumiu o erro de ter extrapolado a função na cancha de jogo, mas foi expulso da associação de classe (Arfoc-PR) e não prestará mais serviços ao site Coxanautas.

Mesmo assim, o clube estuda formas de peneirar mais as pessoas que podem chegar perto de árbitros, jogadores, dirigentes e comissão técnica para evitar novas punições no STJD – já está em pleno cumprimento de perda de dez mandos.

“Eu cometi um erro, esqueci que não poderia entrar em campo para tirar fotos. A minha ideia era só tirar fotos da torcida, mas assumi o erro perante o juiz, entreguei a minha carteira e abandonei a minha curta carreira de fotógrafo”, destacou o fotógrafo.

Mas não foi só isso. Na súmula, o árbitro disse que foi xingado de “ladrão, ladrão”. “Chamei sim. Quando vi a cara de cretino dele chamei ele de “ladrão’”, revelou.

Julgado na hora pela Justiça presente no estádio, ele terá que comparecer sempre em uma delegacia quando o Coritiba jogar nos próximos três meses. Mas independente de assumir a culpa, ele não poderá mais exercer a profissão de fotógrafo já que ficou sem a credencial.

“Em 45 anos, é o primeiro caso desse tipo”, disse Irany Carlos Magno, presidente da Arfoc, que cassou a licença de Abreu Pinto. Já o site Coxanautas também lamentou o incidente e avisou que não quer mais saber dos serviços do colaborador.

No Alto da Glória, no entanto, o clube quer impedir que novas situações como esta ocorram. De acordo com a assessoria de imprensa alviverde, o credenciamento segue normas estabelecidas no regulamento da Série B e nas normas da CBF e é feito justamente para evitar problemas desse tipo.

O clube ainda alega que Abreu Pinto estava devidamente registrado na associação de classe e estava representando um veículo de comunicação. Mas, o Coxa irá estudar formas de controlar mais o acesso de profissionais à cancha “sem cercear o direito à informação”.