Final da Copa do Brasil revela a reconstrução do time alviverde

6 de dezembro de 2009. Na última rodada do Brasileirão, o Coritiba fica no empate em 1 x 1 com o Fluminense e é rebaixado à Série B. A torcida perde a cabeça, a razão e a paciência e invade o gramado, provocando uma verdadeira batalha campal. Foi como se o Vovô Coxa tivesse sofrido um infarto.

Mas eis que surge alguém com um bom desfibrilador e dá um choque no clube. Vilson Ribeiro de Andrade toma as rédeas da situação e promete trabalhar para resgatar a imagem e o nome do Coritiba.

O clima é de desconfiança, mas Vilson mostra que conhece do assunto. Em 2010, o Coxa dá um passeio no Campeonato Paranaense, levanta a taça e devolve um pouco da alegria à torcida alviverde.

Começa a disputa da Série B e o Verdão do Alto da Glória faz bonito. Com uma rodada de antecedência garante o título e comemora o retorno à elite do futebol brasileiro.

Neste ano, mantém a base e atropela todos os adversários no Campeonato Paranaense. Ganha de forma invicta e termina com 16 pontos de vantagem sobre o vice-campeão, o Atlético.

E também joga bonito na Copa do Brasil. Quebra o recorde de vitória consecutivas, que pertencia ao Palmeiras com 21. Vence 24 partidas seguidas, assombra o Brasil e coloca seu nome na história.

Depois de parar sempre na semifinal da Copa do Brasil, este ano consegue chegar na grande decisão. O adversário é o Vasco da Gama. No primeiro duelo, em São Januário, um jogo truncado e a vitória vascaína por 1 x 0.

Apreensão, medo, frustração? Que nada, jogadores, comissão técnica e, principalmente, a torcida alviverde estavam pra lá de confiantes. Mas na partida decisiva, com o Couto Pereira tomado pela galera coxa-branca, o time lutou bravamente, não desistiu um minuto sequer e venceu por 3 x 2.

Foi derrotado pelo regulamento do torneio, que prevê vantagem para quem marca gol fora. Também parou nas defesas e na catimba do goleiro Fernando Prass, que ironicamente foi ex-goleiro do Coritiba. O Vasco ficou com o título e a vaga na Libertadores.

Porém, isso não desmerece o trabalho de resgate do Coritiba. Pelo contrário, mostra que o rumo é este e que não dá pra baquear por causa desta decisão. Mesmo não levantando o caneco da Copa do Brasil, esta foi a melhor resposta àqueles que, lá em dezembro de 2009, não acreditavam que o clube poderia se recuperar. Sempre em frente, Verdão!