Um empate com sabor de vitória. Essa foi a sensação do Coritiba após o empate em 0x0 com o Botafogo, no último sábado (29), no Rio de Janeiro. Depois de uma semana desgastante, tendo empatado em 1×1 com o Fluminense no Couto Pereira com um a menos durante todo o segundo tempo e voltando de uma viagem para a Colômbia, onde acabou eliminado da Copa Sul-Americana, o Coxa conseguiu fazer um duelo seguro, principalmente no setor defensivo, diante do time carioca, que vinha de cinco vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro.
Sem dar espaços para o ataque do adversário, o Alviverde até teve bastante trabalho, mas a zaga, em dia de gala, pouco errava e desarmava os atacantes, que quando conseguiam passar, paravam em um inspirado Wilson, que fechou o gol com direito a grandes defesas e até alguns milagres. Ainda mais no final do jogo, quando, para o técnico Paulo César Carpegiani, a equipe sentiu o cansaço contra um rival que não jogava há dez dias.
“Tivemos um sufoco nos últimos 15 minutos, um cansaço, e fincamos ali atrás. Enquanto tivemos gás, imprimimos o nosso ritmo. Tínhamos que ter tocado mais a bola, mas fomos para cima dez vezes a 120 km/h, quando devíamos ter trabalhado mais, mas estamos com um meio-campo em formação ainda. No segundo tempo tivemos dificuldades normais e no final, sim, fomos sufocados”, analisou o treinador.
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Cansaço à parte, o comandante alviverde aprovou o desempenho dos jogadores e avaliou que o domínio na maior parte do tempo foi coxa-branca. Inclusive, lembrou algumas chances que o time teve para definir o placar, como com Kazim, que aos 29 do primeiro tempo chutou cruzado e Sidão defendeu.
“No primeiro tempo tivemos oportunidades, dominamos o jogo, e me agradou. Criamos, chegamos e gostei. Acho que o esforço e a entrega valeu. O ponto me agradou, alternamos bons momentos com momentos de frouxidão. Mas é normal diante de um adversário que vem crescendo e ganhando de todo mundo aqui. Fico satisfeito por pontuar”, concluiu Carpegiani.