Segurança dobrada

Coritiba melhora desempenho da defesa após chegada de Eduardo Baptista

Contra o Brasil de Pelotas, Coxa sofreu poucos sustos, impedindo o adversário de chegar com perigo. Foto: Albari Rosa

O Coritiba, aos poucos, vai encontrando seu caminho dentro da Série B do Campeonato Brasileiro. Ainda com problemas ofensivos e a dificuldade, especialmente, na criação das jogadas, o Coxa, depois que o técnico Eduardo Baptista assumiu o comando da equipe, melhorou seu desempenho defensivo. Nos últimos quatro jogos, o Verdão sofreu apenas dois gols e conseguiu somar 10 de 12 pontos possíveis, entrando pela primeira vez no G4.

A melhora defensiva é evidente. Na estreia na Série B, em São Luís, o Coritiba perdeu por 2×0 para o Sampaio Corrêa e foi instável lá atrás. Ainda sob o comando do técnico Sandro Forner, o time coxa-branca só não tomou mais pela incompetência do adversário. Na ocasião, o Coritiba chegou à marca de 21 gols tomados na temporada em 20 partidas.

Agora, os números melhoraram, mas ainda não são tão positivos. O Coxa, agora com 24 jogos disputados em 2018, sofreu 23 gols. Depois de vencer o Brasil de Pelotas por 1×0, quando foi bem defensivamente e passou quase todo o jogo sem tomar maiores sustos, Baptista exaltou a melhora defensiva do time.

“É um time em construção ainda, foi meu terceiro jogo. A gente ainda busca um melhor posicionamento. Mas uma coisa a se destacar é, defensivamente, uma evolução muito boa. As chances que o Criciúma criou por dentro há uma semana não houve agora. Conseguimos compactar, fechar o meio, uma defesa bastante sólida”, elogiou o treinador.

Na Série B, o Alviverde, se por um lado tem um dos piores ataques do torneio, com cinco gols anotados em cinco partidas, tem atualmente o sexto melhor rendimento defensivo, com apenas quatro gols sofridos. À sua frente estão apenas Vila Nova, Figueirense, Paysandu, Fortaleza e Londrina, que também estão lutando na parte de cima da classificação.

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Os números instáveis da defesa do Coritiba na temporada podem ser explicados pela alta rotatividade de jogadores desde o começo do ano. Começando com a perda do zagueiro Werley, para o Vasco. O jogador, em que pese o rebaixamento à segunda divisão, foi um dos principais jogadores do Verdão em 2017 e dava a experiência necessária para atuar ao lado do jovem zagueiro Thalisson Kelven.

A saída dele abriu brecha para a contratação do zagueiro Alex Alves. Agora titular na disputa da Série B, o jogador demorou para entrar em forma. Isto porque conviveu com algumas lesões. Então, sobrou para Romércio, outro jovem revelado na base do clube, ser titular em boa parte do primeiro trimestre. Passou por ali também Alan Costa, contratado neste ano, mas também sem conseguir se firmar entre os titulares.

Além disso, o Coritiba sofreu nas duas laterais. Na direita, trouxe de volta o experiente César Benítez. Mas o paraguaio não foi bem. O time coxa-branca, inclusive, tomou alguns gols nas costas do defensor. O jovem Marcos Moser ganhou a posição, fez uma grande estreia na vitória por 3×0 sobre o Londrina, fora de casa, pelo Campeonato Paranaense, mas não conseguiu regularidade, perdendo espaço e voltando ao time de aspirantes do Verdão.

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Na esquerda, o Verdão manteve William Matheus, mas o jogador sofreu uma grave lesão no tornozelo no final de fevereiro, pela Copa do Brasil. Está retornando somente agora e, neste período, Léo Andrade foi o responsável pela posição. O jogador, porém, não foi bem e o Coxa seguiu com dificuldades para encontrar a formação ideal para a defesa.

Por isso, o clube precisou ir ao mercado. Ainda procura mais um zagueiro para compor o elenco, mas trouxe Carlos César e Leandro Silva para a lateral-direita e repatriou Abner para a esquerda. Soluções encontradas e que, por ora, deram o resultado esperado para fazer o Coritiba forte defensivamente.