2 a 0

Coritiba estreou com o pé direito no Paranaense

Não foi nenhuma pintura de jogo, mas o Coritiba fez o suficiente para abrir oficialmente a temporada 2010 vencendo e fazendo a lição de casa. Diante do Serrano, na Vila Capanema porque o Couto Pereira está interditado, o Alviverde mostrou um esboço do time que tentará voltar à Série A no Brasileirão, fez 2 a 0 ao natural e administrou a vantagem no segundo tempo.

O estreante Rafinha, por sinal, marcou um e animou os pouco mais de 2 mil torcedores que foram ao estádio do Paraná Clube. Na quarta-feira, o Coxa desce a Serra para encarar o Rio Branco no Caranguejão.

Em busca de vida nova em 2010, o Coritiba inconscientemente relembrou 2009 no uniforme. A título de lembrar a memória da médica Zilda Arns, o Alviverde entrou em campo com a camisa branca do centenário e nas mãos uma faixa com os dizeres: “O branco da paz e o verde da esperança. Nossa homenagem à Zilda Arns”.

Mas, tirando a reta final e o vexame do rebaixamento no Brasileirão, o futebol do ano passado não foi dos piores. E nem precisava de muita coisa para passar pelo esforçado Serrano, que depositou em Renaldo as esperanças de repetir na primeira divisão o que fez na Segundona e na Terceirona.

O atacante de 39 anos mostrou que sabe tratar bem da bola, mas a idade e a falta de bons companheiros pesam muito. Nem os vacilos defensivos do Alviverde foram suficientes para Robinho e a estrela de Prudentópolis ameaçarem a meta defendida por Edson Bastos.

Só num escanteio, Robinho acertou a trave, mas foi meio sem querer. No mais, quem brilhou mesmo foi Rafinha. Estreante, mostrou competência quando a bola chegou e foi oportunista para aproveitar um rebote de Val para abrir o marcador. O segundo gol demorou, mas veio após 20 minutos de sonolência no gramado.

Mostrando a raça de sempre, Ariel aproveitou rebote e fez o dele após Enrico mandar na trave. E foi o suficiente para o Coxa se acomodar em campo, segurar o ímpeto do Tigre e até para o técnico Ney Franco iniciar alguns experimentos.

O treinador até ensaiou um 3-5-2 com Dirceu em campo e Pereira na sobra, mas ele voltou atrás, deixou o time no 4-4-2 mesmo e lançou o prata-da-casa Fabinho.

O time ganhou um novo ânimo e Ariel mandou uma bola na trave e Rafinha experimentou um petardo para Val espalmar mais uma. Do outro lado, Carlos Nunes colocou o time mais para frente, mas sem qualidade pouco ameaçou a meta de Edson Bastos.