Bolso cheio

Coritiba pode receber 'bolada milionária' com cotas de TV em 2020

Samir Namur valoriza acesso do Coxa. Foto: Rodrigo Cunha.

De volta à Série A, o Coritiba ainda discute com a Rede Globo a venda dos direitos de televisão do Brasileirão (período 2020-2024). Mas, caso consiga uma boa negociação, o clube pode contabilizar cifras históricas com receitas de TV aberta, fechada e pay-per-view (PPV).

O número a ser batido é referente à temporada 2018, quando o Coxa somou R$ 59 milhões com televisão, de acordo com a consultoria Sports Value. Mesmo na Série B, o clube sustentou valores da elite — prática que foi descontinuada pela Globo.

Atualmente, o Coxa tem R$ 17 milhões garantidos. Esse valor é o fixo referente ao acordo com a Turner (TV fechada). Na temporada passada, os clubes dividiram igualmente outras duas fatias do contrato (audiência e premiação), o que renderia mais R$ 5 milhões para o Alviverde, totalizando R$ 22 milhões.

Em um provável acerto de TV aberta, o time terá mais R$ 12 milhões garantidos, parte dos 40% divididos igualmente. As outras duas parcelas são variáveis: número de partidas exibidas e colocação final no campeonato.

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Cada jogo representa aproximadamente R$ 1,2 milhão a mais na conta. O desempenho, por outro lado, tem variação de R$ 33 milhões (campeão) a R$ 11 milhões (16º). Os valores, aliás, devem ser atualizados.

A mesma negociação com a Globo também inclui o valor pago pelo PPV, algo que deve girar em torno de R$ 5 milhões. A quantia varia de acordo com o número de assinantes que se declararem torcedores do clube.

O principal fator dessa equação são as luvas (bônus) de assinatura de contrato. O Coritiba busca algo em torno de R$ 20 milhões, similar ao que foi pago ao Bahia no ano passado. Diluindo essa quantia nos cinco anos de contrato, o acréscimo seria de R$ 4 milhões por temporada, por exemplo.

Valor mínimo

O valor mínimo que o clube contabiliza para 2020 está na casa de R$ 40 milhões, cerca de seis vezes mais do que na temporada passada, quando recebeu R$ 6 milhões pela Série B.

“Hoje trabalha-se com R$ 40 milhões no pior dos cenários. Se colocarmos um valor de luvas, R$ 15 milhões, R$ 20 milhões, já se soma a isso. Uma colocação melhor no campeonato pode elevar ainda mais esse valor”, explicou o presidente Samir Namur, em entrevista à Gazeta do Povo. “Mas, até pela estratégia da Globo, são negociações demoradas”, enfatizou.

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