Mudando o jogo!

Coritiba busca equilibrar dispensas, contratações e repatriações

Galdezani pode ser repatriado, mas Galo tenta renovação de empréstimo. Foto: Arquivo

O fim da temporada 2018 do Coritiba se assemelha em muito ao que aconteceu há exatamente um ano no Alto da Glória. Em dezembro de 2017, o Alviverde também se via diante do desafio de fazer uma grande reformulação no elenco. Na ocasião, as novidades no ambiente como o rebaixamento à Série B e a eleição de um novo presidente, ressaltavam a necessidade de mudança. Sem sucesso 12 meses depois do início desse projeto, agora, a história em relação ao elenco se repete. Um novo desmanche e a necessidade de, desta vez, acertar nas contratações, já que o retorno à Série A segue sendo o principal objetivo do clube.

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E para abrir espaço para as novas contratações, as movimentações nos bastidores já começaram a acontecer. Na semana passada, 13 atletas que tiveram seus contratos encerrados não tiveram seus vínculos renovados. Entre eles, o centroavante Alecsandro, jogador que estava justamente nesse período crítico do time, há um ano e que, chorando, prometeu ajudar o Coritiba a se reerguer.

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O Alviverde ainda tem 26 jogadores com contrato vigente para o próximo ano. Porém, a diretoria ainda avalia quais desses atletas serão mantidos. Além dos já dispensados, outros jogadores podem ir embora no início de 2019, casos do goleiro Wilson, do lateral-esquerdo William Matheus, do zagueiro Rafael Lima e do atacante Jonatas Belusso. Os quatro, apesar de terem condições de serem aproveitados no time do ano que vem, devem ser negociados devido aos altos salários.

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Isso porque a ordem no Coritiba é conter os gastos, já que ao permanecer na Segundona, o clube viu seus ganhos diminuírem drasticamente. Em 2018, a receita era de R$ 85 milhões ­ a maior da Série B -, muito por conta da cota de televisão, mas para 2019 contará com um orçamento de apenas R$ 46 milhões. Será necessário fazer muito com pouco.

O responsável por trazer peças que sejam eficientes e caibam no orçamento é o novo diretor de futebol do Coxa, Rodrigo Pastana. A tarefa é difícil, mas não impossível, afinal, vale lembrar que o próprio Pastana montou o Paraná Clube que conquistou o acesso, em 2017, com uma folha salarial de aproximadamente R$ 460 mil mensais. O Coxa contará com bem mais do que isso.

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Mesmo com todo o aperto nas contas, a tendência é que o Verdão vá ao mercado em busca de, pelo menos, um lateral-direito, um volante, um meia e dois atacantes. Em diveras entrevistas o técnico Argel Fucks afirmou que quer, justamente, cinco ou seis atletas que cheguem e já “vistam a camisa”. Jogadores das categorias de base também serão muito acionados para que o pacote “bom e barato” possa dar certo.

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Outra alternativa caseira que o Coxa pode lançar mão é repatriação de jogadores emprestados para compor a equipe. São três atletas que estavam defendendo outros clubes ao longo de 2018 e que retornam. O zagueiro Walisson Maia, que estava no Vitória, o volante Matheus Galdezani, emprestado ao Atlético-MG, e o meia Ruy, atuando no América-MG, podem dar “corpo” ao time que o técnico Argel Fucks deseja montar. Galdezani, porém, pode permanecer no Galo, caso a diretoria do clube mineiro ofereça um bom valor pela renovação do empréstimo do atleta.

As opções que o Coritiba tem para montar seu elenco e se reerguer no próximo ano podem não ser muitas, mas a necessidade de acerto é imensa. Tudo isso para que ao final de 2019 a história não volte a se repetir.

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