Desde que a partida contra o Cianorte no Albino Turbay acabou, o discurso do Coritiba vem sendo de que no Couto Pereira a derrota por 1×0 no jogo de ida pode ser revertida. A confiança se dá pelo retrospecto da equipe em casa no ano. Foram oito jogos, com seis vitórias, um empate e uma derrota. Porém, quando o assunto é mata-mata a história não é bem assim.

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Nesta década, o Coxa disputou vários confrontos eliminatórios, tanto que chegou a duas finais de Copa do Brasil, mas quando esteve em situação semelhante à atual, o desfecho não foi dos melhores. De 2011 pra cá, o Alviverde passou por dez duelos onde perdeu o primeiro jogo fora de casa e precisou reverter em casa. Conseguiu o objetivo em apenas três deles.

A primeira foi em 2012, pela Copa do Brasil, quando perdeu por 1×0 para o ASA, em Arapiraca, mas venceu no Couto por 3×0 e avançou para as oitavas de final do torneio. Depois, as outras duas vezes ocorreram em 2015. Na competição nacional, perdeu por 2×1 para o Fortaleza no Castelão, na segunda fase, e devolveu o mesmo placar em casa, conquistando a classificação nos pênaltis por 11×10. No Campeonato Paranaense, havia perdido por 1×0 para o Londrina na ida da semifinal, mas diante da torcida fez 3×0 e chegou à decisão.

Traumas em finais

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Só que nas outras sete oportunidades acabou não recuperando a derrota no primeiro confronto, sendo que em quatro vezes foram em decisões. As mais lembradas pela Copa do Brasil, onde, em 2011, perdeu para o Vasco por 1×0, em São Januário, e no Couto Pereira fez 3×2, mas amargou o vice por conta do gol marcado fora de casa. No ano seguinte, foi derrotado por 2×0 pelo Palmeiras na Arena Barueri e em Curitiba não passou de um empata em 1×1.

No ano passado, Coritiba foi eliminado em casa da Copa do Brasil pelo Juventude após perder fora por 1×0. Foto: Daniel Castellano

No Estadual foram outros dois vices, e de maneira consecutiva nas mesmas circunstâncias. Em 2015 perdeu para o Operário por 2×0 no Germano Krüger e em casa foi mais uma vez derrotado, por 3×0. No ano passado, o carrasco foi o Atlético, com um triunfo por 3×0 na Arena da Baixada e 2×0 no Couto Pereira.

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Nas outras ocasiões, a mais difícil para o Alviverde foi em 2013, quando foi eliminado pelo Nacional-AM na segunda fase da Copa do Brasil ao ser goleado por 4×1 na ida e vencer apenas por 1×0 na volta. Em 2014, pela semifinal do Paranaense, o Coritiba era o grande favorito contra o Maringá, mas, após perder por 2×1 no Willie Davids, o time coxa-branca não passou do empate em 1×1 no Couto e ficou de fora da decisão depois de conquistar o tetracampeonato.

Por fim, em 2016 o clube sofreu do ‘trauma’ do Couto Pereira diante do Juventude. Pela segunda fase da Copa do Brasil, o Verdão perdeu para o clube gaúcho por 1×0 no Alfredo Jaconi, mas diante da torcida ficou no empate em 2×2, sendo eliminado do torneio.

Além disso, a única derrota do Coritiba em 2017 no Couto foi justamente em jogo eliminatório, quando perdeu por 2×0 para o ASA e saiu da Copa do Brasil. Sinal de que jogar em casa quando precisa reverter uma derrota na ida não é tão simples assim. Mesmo assim, a aposta coxa-branca se dá na experiência da equipe para conseguir mudar esta sina da última década.

“Tem jogadores aqui que já enfrentaram até situações piores. Estamos bem preparados, é uma vantagem mínima e totalmente possível de reverter. Mas temos que demonstrar dentro de campo”, afirmou o atacante Kléber.