Coritiba, Atlético e Paraná querem estádios lotados no Nacional

Uma verba de R$ 20 milhões. É isso que os três clubes da Capital estão buscando para engordar sua receita durante o Campeonato Brasileiro deste ano, marcado para começar em abril. Nesta segunda-feira, Coritiba, Atlético e Paraná, junto com a diretoria da Federação Paranaense de Futebol, têm agendada a segunda reunião para tratar do assunto, que envolverá parcerias com empresas de Curitiba, em vários segmentos.

A estimativa é feita partindo do princípio de que a média de ingressos vendidos no Nacional não passa de 10 mil pagantes por jogo. Como os três estádios utilizados têm três vezes mais de capacidade, há uma lacuna de 2/3 a ser preenchida com criatividade e promoções. Segundo levantamento feito pelo presidente da FPF, Onaireves Moura, se todos os ingressos dos estádios fossem vendidos nos 23 jogos em casa, o Trio de Ferro movimentaria uma verba aproximada de R$ 32 milhões. Com a atual média do Brasileirão, serão movimentados apenas R$ 12 milhões.

O projeto prevê atrair 12 empresas como parceiras, com grande ganho também para elas. Inicialmente, os ingressos continuariam sendo vendidos pelo clube nos locais tradicionais. O excedente seria comprado pelas empresas, que passariam a fazer promoções junto aos seus clientes, oferecendo o ingresso nas compras de seus produtos. Algumas empresas, entre elas do ramo de farmácia, supermercado, telefonia e shoppings, aprovaram a idéia e já procuraram os clubes e a FPF para pedir prioridade na parceria.

Mas a grande novidade será a criação de uma central de vendas e entregas em domicílio, imitando o que já é feito com outros produtos, principalmente pizzas, compras de mercado e remédios, através do sistema 0800.

Números

O levantamento feito nos últimos três campeonatos brasileiros mostra essa defasagem nos estádios. No ano passado, por exemplo, o Coritiba, líder de média de público entre os três no Brasileirão, conseguiu ultrapassar a marca dos 30 mil ingressos (a capacidade atual do estádio é de 36 mil lugares) em apenas um jogo (contra o Criciúma), na última rodada (31.013). Em outros quatro jogos vendeu a metade da capacidade, mas na maioria das partidas o público foi menor que sua própria média.

Isso ocorreu também com a Arena da Baixada, com capacidade para 32 mil pessoas. Em três jogos, o Rubro-Negro superou públicos de pouco mais de 20 mil, mas nos demais conseguiu vender apenas 1/5 do total. O recorde na Arena foi estabelecido contra o Flamengo (24.772).

A situação é mais delicada quando se trata do Paraná, que no ano passado só levou metade da capacidade do Pinheirão contra o campeoníssimo Cruzeiro (15.966), de um total disponível de 31 mil ingressos. Os demais jogos em que os públicos superaram a metade foram disputados na Arena ou Couto Pereira.

Voltar ao topo