Cléber Santana vive nova fase no Atlético

Assim como o Atlético vive uma nova fase sob o comando de Renato Gaúcho, alguns jogadores também saíram da desconfiança e renegação a peças importantes no grupo titular. Está sendo assim com Madson, Deivid, Renan Rocha e principalmente Cléber Santana.

Depois de quase deixar o Furacão, o meia virou capitão e hoje já assumiu a artilharia do time com 3 gols. Para ele, a nova fase é reflexo da maneira que Renato Gaúcho tem trabalhado e, principalmente, pela sequência de oportunidades que recebeu e que proporcionou o resgate do bom futebol, algo que não teve com Adilson Batista.

“Eu estava há um mês sem jogar no São Paulo e saí [nas partidas] contra o Atlético-MG e o Grêmio no primeiro tempo, depois fiquei fora do time. Não tem como se mostrar, ter a sequência que você espera, até porque jogar requer ritmo e isso vai adquirindo nos jogos”, explicou Santana.

Angustiado pela falta de oportunidade, Cléber Santana, que foi contratado a pedido de Adilson Batista, chegou a chamar o treinador para uma conversa para tentar entender o que estava acontecendo.

“Em outros times que ele trabalhou, como no Cruzeiro, ele me queria, às vezes me ligava e de repente eu vim para cá, joguei dois primeiros tempos e depois ele me tirou do time. Não dava nenhuma explicação, não conversava comigo aí eu fiquei chateado de verdade”, contou o capitão, que demorou a aceitar a condição imposta pelo então treinador, ao qual acreditava que teria mais chances por ser “sonho” antigo de contratação.

“Estava com uma vontade imensa de vir para cá jogar, cheguei estava no banco, não entrava, isso em deixou chateado e chegou uma certa hora que tive que conversar com ele porque é complicado de aceitar”, desabafou Cléber Santana.

Comandante da equipe, com a braçadeira de capitão, Cléber não só conseguiu voltar a jogar bem, como também tem sido importante nas reuniões internas do elenco, que trouxeram a união ao grupo hoje e tem feito todos terem voz ativa.

“Todos têm que escutar porque não tem ninguém aqui que saiba tudo, ninguém sabe tudo. No futebol a gente vai aprendendo todos os dias, independente de ter 35, 32 ou 19 anos. Se tem opinião tem que se colocar, se expor porque é em prol do grupo. Temos que pensar sempre no grupo para que a parte individual vá saindo naturalmente”, frisou Cléber Santana.