Bastidores do Flamengo fervem com má fase da equipe

A série de 10 jogos sem vencer é a pior do Flamengo em 40 anos de história do Campeonato Brasileiro. Naturalmente, a má fase motiva manifestações de bastidores e a política do clube começa a esquentar. Nesta quinta, um dia após o empate com o Atlético Mineiro (1 a 1), o ex-presidente Márcio Braga criticou a gestão da presidente Patrícia Amorim e o trabalho de Vanderlei Luxemburgo, que costuma se envolver em demasia com questões extracampo.

“Esse Vanderlei já abandonou o Flamengo duas vezes. Ele ganha R$ 700 mil e é o dono do futebol. Ele desmanchou a comissão permanente e mandou fisioterapeuta, fisiologista e psicólogo para a rua”, acusou Braga. “Foi essa comissão chutada covardemente que nos deu o título brasileiro de 2009.”

Pouco depois das declarações do ex-dirigente, Luxemburgo reagiu: “Não vou ficar respondendo ao Márcio Braga por respeito ao seu passado no clube e por se tratar de uma pessoa muito idosa”, ironizou, por meio de sua assessoria de imprensa. “Isso é oportunismo político. Ninguém veio a público falar nada quando o Flamengo foi campeão carioca e estava invicto no Campeonato Brasileiro”.

Enquanto os bastidores fervem, a torcida parece tão desanimada com os últimos resultados que nem se movimenta para protestar. No desembarque no Rio, os jogadores não foram importunados, mas se mostraram incomodados com o jejum. Braga fez outra acusação – de que as organizadas estariam sendo “amansadas”.

“É claro que estão bancando a torcida para não reclamar dos dez jogos sem vitória. Pelo que é falado nos corredores do clube há pagamento de material esportivo e ingresso. Fui oito vezes presidente e nunca vi essa calmaria. A terra tem que tremer”, afirmou o ex-presidente, basicamente conclamando os torcedores a protestar.

No sábado, o Flamengo tenta por fim à sequência negativa contra o lanterna América-MG, no Engenhão. Para isso vai ter de superar a ausência de Ronaldinho Gaúcho, suspenso, e do zagueiro Alex Silva.

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