Ao lado do Furacão

Silêncio, confiança e cansaço: os bastidores da volta do Atlético a Curitiba

Os jogadores rubro-negros no avião. Foto: Mauricio Mano/CAP

A longa viagem de retorno do Atlético a Curitiba não deveria ser tão longa assim. Afinal, de voo do Rio de Janeiro para cá são apenas 80 minutos, coisa rápida. Mas justo na Cidade Maravilhosa o que se viu foi um clima tipicamente curitibano. E um atraso de mais de uma hora (com direito a um tempão de espera dentro do avião) segurou a delegação rubro-negra e atrapalhou os planos do técnico Paulo Autuori para esta quinta-feira (13), dia seguinte à derrota para o Flamengo por 2×1, no Maracanã, pelo grupo 4 da Copa Libertadores.

Ao chegarem no aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, os jogadores e a comissão técnica do Atlético estavam ainda nitidamente sentindo o cansaço da noite anterior. Foi uma quarta-feira (12) intensa, de um jogo de grande desgaste físico e emocional. Mas que terminou com os jogadores satisfeitos com a melhora técnica e tática. Havia esse sentimento quando se conversava com os atletas. Não com todos, pois muitos preferiram o silêncio.

Os mais jovens preferiram a companhia dos telefones celulares e dos fones de ouvido. Os mais velhos, como Grafite, Jonathan e Carlos Alberto, conversavam tranquilamente algumas cadeiras mais longe. Entre esses dois grupos, Weverton parecia distante, apenas ele e o telefone. Deivid teve um papo com os jornalistas, e contou da importância das reuniões da comissão técnica com os jogadores antes dos jogos. “O que se fala nas reuniões acontece nas partidas”, revelou.

Falando em comissão técnica, ela ficou “separada” por conta do aeroporto lotado. Paulo Autuori conversava com o auxiliar Bruno Pivetti e os dirigentes (entre eles, o vice Márcio Lara, que chefiava a delegação), enquanto a equipe médica e física já trabalhava nos dados para a sequência de jogos, as semifinais com o Londrina no Paranaense e a próxima partida contra o Flamengo.

Atraso

Foi quando os pousos e decolagens foram suspensos devido ao mau tempo. Sabe quando fica aquele chove e não chove, aquele tempo nublado, totalmente fechado? Sabe Curitiba? Então, o Rio estava assim na manhã desta quinta. Com uma pista mais curta, ao lado da Baía de Guanabara, o Santos Dumont não tem margem para pousos por instrumentos. Na ânsia de aterrissar, alguns pilotos tiveram que arremeter as aeronaves por dificuldade na aproximação.

Isto levou a um “engarrafamento” de voos chegando e partindo – e alguns sendo cancelados. Por sorte, o voo do Atlético saiu, mas a chegada prevista para 12h30 acabou passando das 14h. No avião, nada de conversa. Alguns liam, outros aproveitaram a coincidência do horário para ver a versão local do Globo Esporte e houve quem preferisse tirar uma soneca.

Na chegada, alguns torcedores que estavam no aeroporto Afonso Pena aproveitaram para tirar fotos principalmente com Weverton e Grafite, enquanto o mitológico massagista Bolinha esperava a turma sair do desembarque. Terminava a viagem do Furacão ao Rio. Fim de mais uma batalha. Mas a guerra ainda tá longe de acabar.

No Paranaense, ainda tem coisa no STJD pra ser julgada! Conheça os bastidores da briga!