Depois de cinco anos na meta do Atlético, o goleiro Weverton não teve chance de se despedir da torcida na vitória por 3×0 sobre o Palmeiras no domingo (3), na Arena da Baixada. É que a despeito de a diretoria do Furacão ter garantido que só trataria da negociação do jogador a partir desta segunda-feira (4), o arqueiro já acertou com o alviverde paulista. Nos bastidores, a informação era de que o clube decidiu poupá-lo do contato com a torcida numa eventual derrota justamente para o novo time do arqueiro.

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Apesar de ter contrato com o Rubro-Negro até maio do ano que vem, ele deve se apresentar no Palmeiras ainda este ano. Para tê-lo antes, o time paulsita deve emprestar um de seus atletas ao Atlético. Entre os nomes mais cotados estão os dos atacantes Artur, que se destacou pelo Londrina na Série B, o atacante Erik, e os meias Hyoran e Raphael Veiga, este último revelado pelo Coritiba.

Independentemente de quem venha, a saída de Weverton marca o fim de uma era no Furacão. Contratado em junho de 2012, o acreano revelado pelo Cortinthians, acabou no CT do Caju após a boa campanha da Portuguesa na conquista da Série B naquele ano. De lá para cá, foram nada menos do que 312 partidas, a conquista do Campeonato Paranaense de 2016, do vice-campeonato da Copa do Brasil e do terceiro lugar do Brasileirão em 2013. No mesmo ano, o Atlético venceu o torneio amistoso Marbella Cup, na Espanha. As boas atuações o alçaram à condição de ídolo do time.

Mas weverton acabou projetando o nome do Atlético em escala internacional ao defender o gol do Brasil na conquista inédita da medalha de ouro no futebol das Olimpíadas do Rio de Janeiro, no ano passado. Ele alcançaou o status de herói ao defender uma penalidade na decisão de pênaltis com a Alemanha, no Maracanã.

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Naquele momento, o arqueiro que rodou por alguns clubes de pequena expressão antes de chegar ao Furacão se consagrou. Unanimidade entre a torcida, Weverton se tornou capitão da equipe e mostrou-se exímio defensor de penalidades. Em 29 cobranças contra a sua meta, seis foram defendidas, quatro carimbaram a trave, três foram para fora e 16 balançaram as redes.

No derradeiro ano com a camisa rubro-negra, no entanto, a produção não foi tão alta como a esperada. Na defesa de um time que oscilou muito na temporada, chegou a provocar vaias dos torcedores e fez Weverton, que já tinha sido convocado para a seleção principal do técnico Tite em três oportunidades (dois jogos pelas eliminatórias e um amistoso) perdesse espaço.

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A saída sem uma última participação na meta, sem o derradeiro encontro com o torcedor, dá à despedida um tom melancólico, aquém do que um verdadeiro ídolo merece.