Copa do Brasil

Milton Mendes culpa gramado por má partida de Bady

Entra técnico, sai técnico e o Atlético não muda sua cara. Um detalhe aqui, outro ali, mas a base da equipe segue a mesma. Foi assim com Claudinei Oliveira, Enderson Moreira e agora com Milton Mendes. Tudo bem que o novo treinador trabalhou em apenas dois jogos, mas já para ter uma noção que não haverá uma mudança drástica na formação do time. O próprio comandante atleticano já havia dado a entender isso em sua primeira entrevista coletiva.

“A instituição tem um esquema tático dela e nós estamos trabalhando e procurando incrementar cada vez mais as suas ideias, porque esse é um clube de projeto, que tem ideias e a sua formatação. Cheguei e a equipe vinha jogando no 4-2-3-1, é um modelo que eu gosto e instituído pelo clube. É por aí que nós vamos trabalhar”, afirmou ele, na ocasião.

E de fato, esta é a formação que o torcedor se acostumou a ver em todos os 14 jogos que o time principal do Furacão entrou em campo em 2015. Com os três treinadores a defesa não sofreu muitas mudanças, com Eduardo e Natanael sendo os laterais e Gustavo um dos zagueiros. Apenas o quarto zagueiro é que mudou, com Cleberson, Lula e Léo Pereira atuando por ali.

Do meio-campo para frente é que se pode enxergar as alterações mais marcantes. Com Claudinei, a dupla de volantes era Deivid e Hernani, com o segundo tendo mais liberdade para atacar. Bady era o homem de ligação e pelos lados Dellatorre e Marcos Guilherme ajudavam Cléo no ataque.

Já com Enderson no comando, o 4-2-3-1 fugia um pouco da sua configuração habitual. Era um 4-4-2 camuflado, com Douglas Coutinho sendo a referência do time e Dellatorre o segundo atacante. Marcos Guilherme fazia a função do terceiro atacante pelo lado esquerdo, mas também ocupava um espaço na armação ao lado de Felipe. Atrás deles, Deivid seguia entre os titulares, mas Hernani, lesionado, foi substituído por Paulinho Dias e Jadson.

Agora com Milton Mendes o 4-2-3-1 tradicional é mais nítido. Walter fez apenas uma partida até o momento, mas será o centroavante rubro-negro e Dellatorre e Marcos Guilherme os atacantes pelos lados. A mudança se dá na criação das jogadas e na proteção da defesa. Bady, apesar de não estar em boa fase, ganhou a vaga de Felipe, enquanto Paulinho Dias seguiu ao lado de Deivid. O objetivo seria reforçar a marcação com dois volantes que pouco saem e, assim, dar mais liberdade para o quarteto ofensivo.