A Justiça do Paraná “bateu o martelo” e o jogo desta quinta-feira (31), entre Atlético e Santos, terá torcida única, como estava previamente acordado entre o clube mandante e o Ministério Público do Estado. O time paulista tentou reverter a decisão, com uma petição feita no dia 29 de maio, para que seus torcedores pudessem entrar na Arena da Baixada usando a camisa do clube, mas não foi atendida. Por isso, não haverá área reservada para torcida adversária no estádio atleticano na partida que terá início às 21h e será válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.

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O mais curioso desse pedido de anulação, feito pelo Santos, é que o advogado responsável por tentar reverter a entrada da torcida única, era, justamente, um dos entusiastas da proposta.

O advogado Rodrigo Gama Monteiro,  que responde por várias ações judiciais do Atlético, assinou uma declaração em papel timbrado do clube, no dia 8 de maio, em que declarava ser totalmente a favor da decisão para que ela fosse colocada em prática no jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. No documento, ele escreve “sem violação do direito de quem quer que seja” sobre a entrada somente da torcida mandante no jogo. Na ocasião, o time mineiro também tentou reverter, sem sucesso, a decisão, e a partida ocorreu no dia 15 de maio com a entrada permitida somente para os rubro-negros. Aquele, foi o primeiro teste da proposta estipulada pelo MP, e dentro do estádio foi possível identificar diversos torcedores cruzeirenses. A partida terminou em 2×1 para a Raposa.

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Apenas alguns dias depois, em 29 de maio, Monteiro foi contraditório. Trabalhando agora para o Santos, ele pediu o cancelamento da medida em caráter liminar. O argumento do advogado foi que a proibição da venda de ingressos para a torcida visitante fere o Direito do Consumidor.

O projeto de torcida única é do Ministério Público do Paraná e tem o objetivo de combater a violência nos estádios de Curitiba, além de tentar reduzir o número de forças policiais usadas nos jogos. O argumento é que esse efetivo policial, mobilizado em dias de jogos, deixa de estar à disposição da população que realmente necessita para atender um evento esportivo que deveria ser somente em prol do lazer.

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