Nesta noite

Atlético tem a vantagem da Arena, já o Prude tem o Agibert

Um jogo de extremos – sim, você já leu isso antes. E leu de novo agora. Atlético e Prudentópolis se enfrentam a partir das 19h30, na Arena da Baixada. O jogo não é apenas mais um confronto entre duas das doze equipes que participam do Campeonato Paranaense. A partida válida pela quarta rodada representa um encontro de duas realidades estruturais totalmente diferentes. O tamanho do impacto dessa diferença poderá ser medido quando a bola rolar.

Os treinos e jogos do Prudentópolis acontecem no estádio Newton Agibert. Típico campo do interior, o local é acanhado, tem poucos assentos, instalações simples e representa claramente o abismo existente entre a maioria dos clubes do interior frente às condições dos representantes da capital. O maior público que o estádio já recebeu aconteceu justamente na sua inauguração, em 1987, contra o Coritiba. Naquele 12 de agosto cerca de 5 mil torcedores prestigiaram o jogo inaugural.  A fase do Atlético no Paranaense não dá garantia de casa nem “meio cheia” para o jogo desta noite, mas se mantiver a média de público recente (16 mil torcedores), a pressão tende a ser enorme para os visitantes. A dúvida que paira é: a estrutura suntuosa da Arena, uma realidade bem diferente do dia a dia de trabalho do Prudentópolis, será capaz de provocar algum impacto relevante nos jogadores adversários?

A média de idade de aproximadamente 25 anos e a “rodagem” de grande parte do grupo são garantias, segundo o treinador Joel Preisner, de que o impacto será nulo. “Se eles estiverem concentrados como sei que estarão, nada vai acontecer. O time é experiente e rodado. Se não ficar disperso, preocupado com o tamanho do estádio ou da torcida, faremos um bom jogo”, garantiu.

O pensamento é semelhante ao do experiente zagueiro Robenval, de 29 anos. Jogador do Atlético de 2001 a 2007, ele jogou várias vezes na Arena da Baixada antes da reforma para a Copa do Mundo e sabe da pressão que os companheiros poderão encontrar.

No entanto, a maioria, segundo ele, já viveu situações semelhantes. “Nossa média de idade é alta e são jogadores mais rodados, com bastante campeonato nas costas em outros estados e também grandes estádios. Acho que não será um problema”, disse o jogador. O zagueiro lembra que nos clubes menores os “serviços oferecidos” são os mesmos, mas com um glamour diferente. “A mesma banheira de gelo que fazíamos na Arena, fazemos no Agibert. Mas num outro nível”.

Ele sabe que os mais novos podem sentir. Para não perder o foco, a concentração é fundamental. “O impacto no rendimento não é relevante”, garante Robenval.

Atlético vai pra cima do Prudentópolis

Atlético e Prudentópolis se enfrentam em busca da afirmação no Paranaense. A situação atleticana é um pouco melhor na tabela, mas o desempenho do time está bem aquém do que espera o torcedor. Marcelo Vilhena trabalha com tranquilidade, afinal seu time é considerado uma etapa na transição das categorias de base para o profissional. Mesmo assim manterá a postura ofensiva. Vilhena não terá o atacante Júnior Barros, que foi expulso contra o Paraná. Marco Damasceno e Juninho brigam pela vaga.

Adversário

No Prude, o técnico Joel Preisner minimiza as três derrotas do time e acredita que a primeira vitória estÁ próxima de acontecer. “Fomos melhores que o Rio Branco e o J.Malucelli, mas perdemos nos detalhes. Espero que possamos repetir as boas atuações, mas com vitória dessa vez”, disse.

Vice

O Atlético ficou com o vice-campeonato da Marbella Cup deste ano. Depois de vencer o Dínamo Bucareste, da Romênia, na segunda-feira, e terminar a competição invicto (duas vitórias e um empate), o Furacão dependia de um tropeço do Lokomotiv Moscou contra o Elfsborg, da Suécia. No entanto, o time russo venceu por 2×0 ontem e ficou com a taça. O Lokomotiv chegou aos sete pontos e saldo de três gols. O Rubro-Negro alcançou a mesma pontuação,, mas com saldo de dois gols. O time buscava o segundo título do torneio disputado na Espanha, vencido pelo clube em 2013.