Treino é treino e jogo é jogo

Atlético lamenta que esquema treinado não deu certo

Nikão, um dos melhores em campo pelo Furacão, diz que time não pode se abater. Foto: Ricardo Moreira/Estadão Conteúdo

O Atlético teve uma semana inteira para treinar para o jogo contra o Santos, no sábado (23), na Vila Belmiro. O técnico Fabiano Soares trabalhou uma formação diferente para este duelo. Sem um jogador de referência no ataque, o Furacão entrou em campo com Guilherme mais avançado e com Sidcley na armação. Mas parece que esta formação só deu resultado mesmo nos treinamentos, porque o que se viu em campo contra o Santos foi muito ruim.

O Furacão começou marcando sob pressão a saída de bola do Peixe, tentando obrigar o adversário a dar chutão. Só que o Santos tem um excelente toque de bola e quase não erra passes. Só no primeiro tempo, enquanto o Rubro-Negro errou 26 passes, o Santos errou apenas sete. Aos poucos, o Atlético foi sendo dominado e quando o Santos chegou para valer, abriu o placar.

Depois de uma bobeada na zaga, a bola sobrou para Jean Mota, que chutou forte de fora da área. Weverton deu rebote e a bola caiu nos pés do atacante Bruno Henrique, que, mesmo com dificuldades, conseguiu dominar e mandar para o gol.

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Vendo que sua estratégia deu errado nos primeiros 45 minutos, Fabiano Soares mudou duas peças logo no intervalo. Ele desmanchou com o seu esquema, colocando o centroavante Ribamar no lugar de Sidcley e colocando Rossetto na vaga de Lucho, que aliás estava muito mal, assim como o camisa 10 Felipe Gedoz, que logo também foi substituído por Lucas Fernandes.

“Num dia a equipe funciona com o Felipe e companhia e no outro funciona com outros. O Felipe não esteve tão acertado, assim como alguns companheiros também. Fiquei chateado que o Santos fez o gol numa bola que a gente tinha controlada, mas falhamos muito feio ali atrás”, destaco o treinador atleticano.

Nikão, que nos minutos finais da partida sentiu uma lesão muscular e teve que continuar em campo, diz que o time não pode se abater com esta derrota. “Tem que levantar a cabeça. A gente precisa melhorar. Era confronto direto, mas tem que colocar a cabeça no lugar”, completou o meia. “Não fizemos um bom jogo. Erramos muitos passes”, concluiu Jonathan.

O outro lateral, Fabrício, também comentou sobre a fraca atuação na Vila Belmiro. “Desde que eu cheguei no Atlético esta foi a pior partida nossa. A gente estava errando passes de dois metros e não pode errar tanto assim. Agora temos que colocar a cabeça no lugar e recuperar os pontos na próxima partida em casa”.

O Atlético terá novamente a semana inteira para corrigir as falhas e se recuperar. Para isso, tem dois jogos seguidos em casa. O primeiro é no próximo domingo (1), contra o Atlético Mineiro, que também está de olho num lugar no G6. Depois, encara o Atlético Goianiense. Se quiser garantir uma vaga no G6, o Furacão tem que fazer a lição de casa e conquistar os seis pontos.

“É nossa obrigação. Temos que vencer estes dois jogos em casa para entrar no grupo da Libertadores”, finalizou Fabrício.