Nos trinques

Atlético atinge os objetivos do início da temporada

Emerson na marcação a Afonso. O zagueiro é um dos experientes do Atlético. Foto: Divulgação/FC Cascavel

Vencer o Cascavel no sábado por 1×0, com gol de Ederson, não representou apenas a classificação antecipada para a semifinal da Taça Dionísio Filho, a primeira fase do Campeonato Paranaense. Também confirmou que, ao contrário de temporadas anteriores, o planejamento do Atlético está dando certo. As mudanças feitas para 2018 – tanto para o time do Estadual, quanto para a equipe considerada titular – foram sensíveis, e os resultados estão em campo. Em seis jogos, quatro vitórias e dois empates. Dois clássicos e duas vitórias. Apenas um gol sofrido. E os primeiros objetivos do ano já cumpridos.

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Até a metade de fevereiro, o Furacão tinha duas tarefas: passar de fase na Copa do Brasil e estar entre os quatro melhores da primeira fase do Paranaense. Tudo conseguido. Na competição nacional, classificação no empate sem gols com o Caxias e próximo confronto já marcado para a quarta-feira da semana que vem, dia 21, diante do Tubarão. No torneio estadual, a melhor campanha foi confirmada no primeiro jogo fora de casa, contra o bem arrumado time do Cascavel. Com 13 pontos, o Rubro-Negro não só se garantiu na semifinal, como também já tem o primeiro lugar do grupo B assegurado, o que lhe dá a vantagem de jogar contra o segundo lugar do seu grupo (Londrina, Toledo, Rio Branco ou União) na Arena da Baixada.

Um trunfo pequeno para quem tem sete pontos de vantagem para o vice-líder da chave, o Tubarão, e ainda pode ter essa vantagem ampliada dependendo dos resultados da última rodada, quarta-feira, às 21h45, contra o Foz do Iguaçu, no Joaquim Américo. “Sempre que defendemos uma equipe com o tamanho do Atlético, esperamos fazer uma grande campanha”, resumiu o técnico do time de aspirantes, Tiago Nunes, talvez o principal personagem deste início de ano rubro-negro.

Ederson foi o autor do gol da vitória do Atlético em Cascavel. Foto; Divulgação/FC Cascavel
Ederson foi o autor do gol da vitória do Atlético em Cascavel. Foto; Divulgação/FC Cascavel

Ele representa as mudanças de estilo do clube. Em vez de nomes mais rodados (como Artur Bernardes ou Juan Carrasco) ou invenções (como Petkovic), desta vez o Furacão escalou um profissional da casa para comandar o time no Paranaense. E em vez de dar a esse treinador uma equipe apenas de jovens, alguns atirados precocemente na fogueira – caso clássico de Marcos Guilherme, hoje titular do São Paulo -, foi montado um grupo mesclado. O melhor time do Estadual tem jogadores com longo tempo de casa (Santos, Deivid), líderes experientes (Emerson, Pierre, Ederson), garotos com cancha (João Pedro, Giovanny) e também as revelações (Yago, Demethryus). O resultado é o grupo “alternativo” mais forte que o clube montou desde a decisão de deixar o campeonato em segundo plano.

Confira a classificação do Campeonato Paranaense!

Enquanto isso, a diretoria foi ao mercado e contratou. E desta vez a maioria dos reforços chegou com respaldo técnico e crítico – casos de Raphael Veiga, Bergson e Thiago Carleto. Apenas Felipe Alves foi questionado, pelo fato de o Furacão ter preparado Santos e Léo para serem os substitutos de Weverton. Assim, os dois grupos trabalham em paralelo, fazem vez por outra trabalhos conjuntos, e vão atingindo resultados. Enquanto no Paranaense o adversário será o Foz, os titulares vão para São Paulo fazer um jogo-treino com o Corinthians na quinta-feira. “Estamos muito contentes, felizes e esperançosos”, disse Tiago Nunes, como que se falasse pela maioria dos atleticanos.