Atlético faz campanha de Libertadores com Renato Gaúcho

Renato Gaúcho completou nove jogos no comando do Atlético e chegou à marca de 55% de aproveitamento com quatro vitórias, três empates e duas derrotas. A média conseguida neste período colocaria o Furacão hoje entre os primeiros colocados da Série A, se tivesse obtido tal desempenho desde a rodada inicial. Os seis clubes mais bem colocados têm aproveitamento entre 54% e 72% e estão oscilando entre si nas primeiras posições.

“A campanha, não pela minha chegada, mas do momento que cheguei pra cá tem aproveitamento excelente, que brigaria pelo título. Mas infelizmente está correndo atrás do prejuízo que teve lá atrás, a distância era muito grande”, lamentou Renato.

O prejuízo vem das 10 rodadas que o Furacão ficou sem mostrar serviço, com apenas um ponto e dois gols, e hoje paga pela “herança maldita” que ficou do início claudicante no Brasileirão.

O treinador reconhece que não tem sido fácil mudar esta história, mas comemora a evolução, que após a vitória sobre o Cruzeiro, na quarta-feira, tirou o time da zona do rebaixamento. Mas Renato não chama para si os méritos pela mudança no time que vem de cinco jogos seguidos sem perder.

“Correr atrás de uma Ferrari lá na frente não é fácil, mas o Atlético vem se comportando bem e obtendo os resultados. O importante é continuar nosso trabalho e a torcida continuar incentivando, dando força”, destacou o treinador.

E Renato tem conseguido colocar a casa nos eixos, aos poucos. Na base da conversa, e muita conversa, o treinador mudou a cara do Atlético e ainda luta para ter mais alguns subsídios para continuar esta briga para deixar o clube em posição ainda mais alta na tabela.

No jogo com o Cruzeiro, com apenas dois atacantes à disposição – Edigar Junio e Adaílton -, o treinador precisou mostrar que um bom comandante precisa saber improvisar, como fez com Fransérgio, que de volante virou homem de referência no ataque.

Mas a medida teve outro foco também e serviu para chamar a atenção do presidente Marcos Malucelli, que apesar da insistência de Renato, declarou que não trará mais nenhum atacante. Porém, o treinador mantém seu discurso sobre a necessidade de mais um reforço.

“Foi o que falei para o presidente no vestiário, quem não tem cão, caça com gato. Se não tenho atacante de área começo a inventar um”, alfinetou Renato Gaúcho, que ganha mais moral a cada rodada para continuar pedindo seu atacante de referência. “No momento que conseguir um bom jogador, a diretoria vai trazê-lo, principalmente para esta função. Enquanto isso, vamos tentando com o que temos aqui”, frisou o treinador.