Atlético discute soluções para sair da lanterna

Os fracassos contabilizados no atual Brasileirão superam com folga os triunfos, apesar da vitória diante do Sport, em Recife, e o empate contra o São Paulo, no Morumbi, merecerem destaque.

A má campanha causa preocupação e resulta em reuniões diárias entre membros da comissão técnica e a nova gerência de futebol em busca de soluções para esse início instável.

E não é para menos. O Atlético é o lanterna do campeonato, tem a defesa mais vazada, um dos piores ataques e um pífio aproveitamento em casa (1 ponto em 12 disputados).

A saída imediata para evitar a crise seria reforçar o elenco, com jogadores de maior experiência e gabarito. Porém a situação financeira do Atlético não permite alçar voos muito ambiciosos. E, para piorar, o clube corre o risco de perder jogadores na janela de transferência internacional. Entre os cogitados para sair estão Chico, Rafael Moura e Galatto.

O novo gerente de futebol, Ocimar Bolicenho, confirmou que a tendência é o Rubro-Negro perder atletas para o exterior, mas que o clube está se estruturando para que o nível técnico não seja comprometido. “Devem acontecer algumas transferências. Mas o Atlético não vai fazer um número de transações que atrapalhem o rendimento no Brasileiro”, comentou.

Compras

Segundo Bolicenho, a contratação de reforços ainda é prematura já que ele e a comissão técnica assumiram suas respectivas funções há poucos dias. “É cedo (falar em contratações) porque não temos definição de quais reforços são necessários. Mas estamos estudando planos alternativos que, por ventura, tenham que ser implementados. Principalmente considerando a saída de jogadores”, disse.

O dirigente ressaltou que o momento atual é para recuperar o “espírito do elenco”. “Acredito que nos dois últimos jogos esse grupo demonstrou uma capacidade de reação. Vamos ver até quando essa reação vai durar. Caso ela não tenha permanência duradoura, aí teremos que mexer no elenco”, analisou.

O treinador Waldemar Lemos segue a mesma linha de raciocínio. Após quase dez dias de trabalho à frente do Furacão, ele prefere dar ênfase ao trabalho ao invés de falar em contratações.

“Antes de trazer reforços é preciso ter uma boa base aqui dentro e bem trabalhada. Estamos fortalecendo os atletas. Se for preciso, vamos pensar em alguma coisa. E dentro das possibilidades do Atlético”, explicou o técnico.