Atlético chama Antônio Lopes para pôr ordem na casa

Para pôr ordem na casa, o Atlético recorreu ao serviços de um delegado. Ele mesmo: três semanas depois de sair do Coritiba, Antônio Lopes, 63 anos, terá a missão de resgatar os bons ventos em favor do Rubro-Negro.

O acerto foi anunciado oficialmente ontem, e amanhã o novo treinador estará no Paraguai acompanhando a partida contra o Cerro Porteño. Ele assume o cargo na partida de domingo, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro.

Desde a saída de Edinho, vários nomes foram especulados. Cuca, que após a demissão de Casemiro Mior era um dos mais lembrados, havia acertado uma semana antes com o rival Coritiba. Ivo Wortmann, Péricles Chamusca, Oswaldo de Oliveira e Vadão foram lembrados, mas o preferido na Baixada era Geninho. O campeão brasileiro de 2001, porém, não quis quebrar o contrato com o Al Ahli, da Arábia Saudita, que se encerra no final de junho – a urgência da vinda do novo comandante acabou falando mais alto.

A contratação de Lopes acabou surpreendendo, principalmente pela recente identificação do treinador com o Coritiba. Comandando o time do Alto da Glória, o técnico enfrentou o Atlético em duas finais consecutivas do campeonato paranaense. Em 2004, o Coxa levou a melhor na Arena e tirou a taça do técnico Mário Sérgio. Este ano os papéis se inverteram e Lopes acabou perdendo o título, mas ganhando muitas críticas da torcida alviverde pelo comportamento do time no segundo jogo.

No período em que comandou o Coxa, Lopes envolveu-se em pequenas intrigas com o rival. Na final do Estadual de 2004, por exemplo, o veterano caiu dentro do gramado depois de ser atingido por um copo. Após a partida contra o Iraty, pela semifinal da edição de 2005, Lopes atacou a arbitragem e insinuou a existência de um "esquema" extracampo para beneficiar o Rubro-Negro. Casemiro Mior, então no comando do Atlético, criticou o "choro" Lopes e foi chamado de "pato novo" pelo ex-técnico coxa-branca. "Ele é profissional e estava defendendo seu clube. São coisas normais, não só no futebol, mas também na vida", disse o assessor da presidência do Atlético, Antônio Carletto Sobrinho.

Jogadores já treinaram em Assunção

Assunção, Paraguai – Uma verdadeira nuvem de pernilongos e borrachudos acompanhou e atormentou o primeiro treino do Atlético no Paraguai. Sob o comando do técnico interino Borba Filho, os jogadores realizaram um trabalho tático no campo do Yacht y Golf Club, mas somente hoje é que o Rubro-Negro deverá ser definido para o jogo de amanhã, contra o Cerro Porteño. As dúvidas são o atacante Aloísio e o lateral-direito Jancarlos. Se eles não puderam atuar, Rodrigo Almeida e André Rocha serão mantidos entre os titulares.

Mesmo tendo viajado com a delegação e participado do trabalho com uma proteção na mão, Aloísio dificilmente terá condição de jogo. ?Com a proteção dá para treinar, mas sem, a dor é grande. Vamos esperar mais para ver?, disse. Ele está com uma fratura na mão esquerda, mas tem esperança de poder atuar e até brinca com a situação. ?Quem sabe eu não jogo para quebrar o resto de uma vez??, soltou.

A outra dúvida continua sendo o lateral-direito Jancarlos. O problema dele continua sendo uma indisposição estomacal que o impede de atuar nas melhores condições. Como é um problema passageiro, deverá ir para o jogo.

Hoje, a equipe volta a trabalhar somente no período da tarde. Está programado um reconhecimento do gramado do Estádio La Olla para às 17h. Sob os olhares do inimigo, já que o Cerro Porteño se concentra neste local, Borba irá fazer um treino leve para os jogadores se ambientarem com as condições do campo.

Turbulência

A turbulência no vôo do Brasil para o Paraguai não tirou o ânimo dos jogadores do Atlético que têm a oportunidade de entrar para a história do clube. Um simples amanhã, contra o Cerro Porteño, será o bastante para levar o Rubro-Negro onde jamais esteve na Copa Libertadores: as quartas-de-final do principal torneio interclubes da América. Uma idéia que não sai da cabeça de ninguém e que pode servir de antídoto para a péssima campanha no campeonato brasileiro.

Quando entrar no campo do ?La Olla?, o Furacão já igualará a campanha de 2000, quando foi eliminado pelo Galo em plena Arena. Era o favorito e perdeu nas oitavas. Em 2002, fez feio e ficou na primeira fase na ressaca pela conquista da estrela dourada. Agora, tudo mudou. Continua respeitado, principalmente pelos paraguaios, mas chega a Assunção desacreditado, apesar da vitória no primeiro jogo. Mas, isso pode ser bom.

Como venceu o primeiro confronto por 2 a 1, o Furacão precisa de apenas um empate para ir adiante e enfrentar o vencedor entre Santos e Universidad de Chile.

Pernilongos e borrachudos no primeiro treino no Paraguai

Assunção – Uma verdadeira nuvem de pernilongos e borrachudos acompanhou e atormentou o primeiro treino do Atlético no Paraguai. Sob o comando do técnico interino Borba Filho, os jogadores realizaram um trabalho tático no campo do Yacht y Golf Club, mas somente hoje é que o Rubro-Negro deverá ser definido. As dúvidas são o atacante Aloísio e o lateral-direito Jancarlos. Se eles não puderem atuar, Rodrigo Almeida e André Rocha serão mantidos entre os titulares.

Mesmo tendo viajado com a delegação e participado do trabalho com uma proteção na mão, Aloísio dificilmente terá condição de jogo. ?Com a proteção dá para treinar, mas sem, a dor é grande. Vamos esperar mais para ver?, disse. Ele está com uma fratura na mão esquerda, mas tem esperança de poder atuar e até brinca com a situação. ?Quem sabe eu não jogo para quebrar o resto de uma vez??, soltou.

A outra dúvida continua sendo o lateral-direito Jancarlos. O problema dele ainda é uma indisposição estomacal que o impede de atuar nas melhores condições. Como é um problema passageiro, deverá ir para o jogo. ?Temos mais 48 horas para definir a equipe e as dúvidas são essas. Se eles não puderem, eu espero colocar o time que vem jogando?, disse Borba Filho, entre uma picada e outra dos mosquitos.

Hoje, a equipe volta a trabalhar somente no período da tarde. Está programado um reconhecimento do gramado do Estádio La Olla para as 17h. Sob os olhares do inimigo, já que o Cerro Porteño se concentra neste local, Borba irá fazer um treino leve para os jogadores se ambientarem com as condições do campo. O provável time para a partida de amanhã deverá contar com Diego; Jancarlos (André Rocha), Baloy, Marcão e Marín; Cocito, Alan Bahia, Fabrício e Lima; Cléo e Aloísio (Rodrigo Almeida).

Pra ficar na história

Assunção – A turbulência no vôo do Brasil para o Paraguai não tirou o ânimo dos jogadores do Atlético que têm a oportunidade de entrar para a história do clube. Um simples empate, às 18h15 de amanhã, contra o Cerro Porteño, será o bastante para levar o Rubro-Negro onde jamais esteve na Copa Libertadores: as quartas-de-final do principal torneio interclubes da América. Uma idéia que não sai da cabeça de ninguém e que pode servir de antídoto para a péssima campanha no Campeonato Brasileiro.

Quando entrar no campo do ?La Olla?, o Furacão já igualará a campanha de 2000, quando foi eliminado pelo Galo em plena Arena. Era o favorito e perdeu nas oitavas. Em 2002, fez feio e ficou na primeira fase, na ressaca pela conquista da estrela dourada. Agora, tudo mudou. Continua respeitado, principalmente pelos paraguaios, mas chega a Assunção desacreditado, apesar da vitória no primeiro jogo. Mas, isso pode ser bom.

?O nosso primeiro objetivo era o campeonato regional e foi conquistado. O segundo era a classificação para a segunda fase da Libertadores e também foi conquistado e, no Brasileiro, ainda tem muita coisa pela frente?, projeta o volante Cocito. Para ele, é o momento de esquecer o Nacional e se concentrar somente na Libertadores. ?Temos que pensar nessa partida contra o Cerro porque temos uma grande chance de entrar para a história do Atlético?, aponta.

De acordo com o meia Fabrício, os jogadores não estão nem querendo falar em Campeonato Brasileiro. ?Até porque a gente não vem bem e isso incomoda e na Libertadores a gente tem tudo para conseguir a classificação e marcar o nosso nome na história do Atlético?, destaca. Mais do que isso, uma classificação às quartas-de-final é esperada como uma virada de página nos maus resultados rubro-negros. ?A gente sabe que nada como um dia após o outro. Quando as pessoas pensam que a gente está fraco, aí é que temos que ser forte. Isso é bíblico e temos que nos apegar a essas coisas?, cita o meia.

Como venceu o primeiro confronto por 2 a 1, o Furacão precisa de apenas um empate para ir adiante e enfrentar o vencedor entre Santos e Universidad de Chile. Uma derrota pelo mesmo placar de Curitiba leva a decisão da vaga para os pênaltis. Uma derrota por um gol de diferença, mas com o Atlético marcando, pelo menos, dois gols, classifica o time da Baixada. Já o Cerro, para se classificar sem a necessidade das penalidades, precisa ganhar por 1 a 0 ou vencer com dois ou mais gols de diferença.

Rodrigo Sell (texto) e Orlando Kissner (fotos) enviados especiais ao Paraguai.

Torcida não gostou da escolha

À primeira vista, a contratação de Antônio Lopes não agradou o torcedor atleticano. Até às 20h de ontem, 80% dos internautas que responderam à enquete "Você aprova o nome de Antônio Lopes para o comando técnico do Atlético?", promovida pelo sítio www.furacao.com, cravaram a alternativa "não". Mas nada que incomode a diretoria rubro-negra, que diz confiar na capacidade do novo técnico.

Para o assessor da presidência Antônio Carletto Sobrinho, o torcedor reage desta forma por não conhecer bem o treinador. "Vimos o trabalho dele de perto. Para esse momento, é quem melhor se encaixa em nossas necessidades", falou o diretor.

Carletto lembrou ainda que o mercado de treinadores anda escasso. "Não há boa oferta de profissionais de ponta, e todos os clubes reclamam disso. A classe está meio desmoralizada", falou.

Lopes classificou o Atlético para a segunda fase da Copa João Havelange, em 2000. No primeiro mata-mata, a equipe foi eliminada em casa pelo Internacional. Depois, o técnico saiu para ser coordenador técnico da seleção brasileira, que dois anos depois venceria a Copa da Ásia.

O novo técnico assume um time na última colocação do Campeonato Brasileiro, em crise com a torcida e com o peso de cinco derrotas nos últimos seis jogos. "O time atravessa uma fase muito ruim. Mas pela qualidade dos jogadores e pelas condições de trabalho que o clube oferece, poderemos ajudá-lo a sair dessa situação. E a diretoria prometeu que irá contratar", falou o treinador, em entrevista à Rádio Banda B.

Lopes lembrou que foi "muito bem tratado" na primeira vez em que dirigiu o Furacão e creditou para si parte da conquista do título nacional de 2001. "Deixamos um trabalho pronto, e o time foi campeão com o Geninho. Tanto que o (Mário Celso) Petraglia enviou uma faixa de campeão e me convidou para a festa de comemoração. Fico muito feliz em voltar", falou.

Lopes aprovado pelo elenco

Assunção – A escolha de Antônio Lopes para comandar o Atlético não poderia ter sido mais feliz para jogadores e comissão técnica. Já era noite no Yacht y Golf Club quando a notícia foi confirmada e o novo comandante passou a ser assunto nas rodinhas envolvendo os membros da delegação. Apesar de nenhum dos atletas ter trabalhado com o ?Delegado?, o novo treinador do Rubro-Negro foi saudado pela sua experiência na profissão e capacidade para poder reverter a atual situação da equipe, principalmente no Campeonato Brasileiro.

?Excelente?, resumiu o preparador de goleiros Almir Domingues, que trabalhou com Lopes no Paraná Clube e no próprio Furacão, em 2000. Para o interino Borba Filho, havia vários nomes sendo cogitados para assumir o Atlético e todos top de linha. ?Ele é um profissional experiente e, por coincidência, já dirigiu o Cerro Porteño?, lembra.

Satisfeito com a escolha, o meia Fabrício revelou que antes de ir para o Brasiliense, ano passado, Lopes tentou levá-lo para o Coritiba. ?Foi uma boa escolha. Já conhece o grupo e acho que esse foi um dos fatores para que ele viesse?, apontou. Para o meia Rodrigo Almeida, o currículo do novo treinador não deixa dúvidas da capacidade do profissional. ?Eu nunca trabalhei com ele, mas nos tempos de Botafogo o acompanhei pelo Vasco. Além disso, já trabalhou na seleção brasileira e tem todas as credenciais para ajudar o grupo?, destacou.

Nem a passagem pelo arquirrival Coritiba deve provocar alguma indisposição para Lopes. ?Por nossa parte não. Talvez, pelos torcedores, mas cada um tem que defender o que é seu?, analisou Fabrício. Para Borba, esse conflito não vai existir. ?Profissional é profissional?, finalizou.

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