Atlético apresenta um reforço do futebol estrangeiro

O colombiano David Arturo Ferreira se apresenta hoje ao Atlético para um contrato de seis meses com opção de compra de parte ou totalidade de seus direitos federativos. Apesar de a diretoria do Rubro-Negro não confirmar a conclusão das negociações, os dirigentes do América de Cali já anunciaram a vinda do meia para o clube da Baixada. Além dele, o Furacão continua procurando mais reforços e o também meia, Júlio dos Santos, do Cerro Porteño, continua nos planos.

De acordo com o presidente dos Diabos Vermelhos, Carlos Puente, os contratos já estão, inclusive, assinados. Tanto entre os dois clubes quanto entre Atlético e Ferreira. Em entrevista ao sítio de sua equipe, ele revelou os detalhes do contrato e da negociação. O empréstimo será por seis meses e o Rubro-Negro poderá adquirir 50% dos direitos federativos do atleta ou 100%, como desejar.

A vinda de Ferreira está sendo sondada desde o início da Copa Libertadores. Ele tem sido observado desde que o América estava disputando a primeira fase contra o Mineros, da Venezuela. O então observador técnico Borba Filho havia recomendado a contratação do atleta, que também foi bem nos jogos disputados contra o próprio Atlético na segunda fase. O meia Montoya, do Independiente Medellín, também chegou a ser sondado, mas as conversas não evoluíram.

Assim, com Ferreira contratado, o Furacão soma dois colombianos (o outro é o lateral-esquerdo Marín) e três estrangeiros (contando com o zagueiro panamenho Baloy). De acordo com as normas da CBF, um clube brasileiro só poderá utilizar três jogadores de outra nacionalidade em jogos oficiais. Mesmo assim, o clube ainda tenta mais gringos para sair da lanterna do Campeonato Brasileiro, já que na Libertadores não é mais possível trocar jogadores inscritos.

O nome do meia Júlio dos Santos continua sendo o mais cotado, mas os irmãos Domingo e Santiago Salcedo também são aspirações rubro-negras. Todos eles estão no Cerro Porteño e podem vir envolvidos num troca-troca com o clube da Baixada. As conversas prosseguem e esta semana poderá chegar mais gente no CT do Caju.

No mercado nacional, no entanto, as buscas também prosseguem. O meia Adriano, que está no Cruzeiro, mas que pertence ao Atlético, quer voltar, mas precisa ser liberado pelo time mineiro. O próprio jogador está tentando essa liberação e, se conseguir, também poderá reforçar o Furacão.

Entrevista com Dagoberto

A maior felicidade do atacante Dagoberto no momento não é nem se aproximar do dia que poderá voltar a vestir a camisa rubro-negra, mas sim, poder estar de volta ao elenco do Atlético. Foram mais de seis meses afastado dos companheiros para se recuperar da lesão no joelho esquerdo e só estar entre seus companheiros, integrado nos treinamentos, já faz seu sorriso vir fácil. Mesmo assim, ele não quer nem projetar a volta para não aumentar a ansiedade, mas sabe que essa hora está cada vez mais próxima.

Paraná-Online – Como é que você está no momento?
Dagoberto – Estou muito bem. Pelo planejamento, a cada dia estamos numa etapa acima e está acontecendo uma melhora legal, tenho uma ressonância para fazer nos próximos dias e aí vamos ver como é que está realmente.

Paraná-Online – Dá para dizer que já é a fase final?
Dagoberto – Está bem perto de voltar, pelo menos é o que eu penso. Acho que estou fazendo os trabalhos com o pessoal e joelho está respondendo muito bem como sempre. Cada dia ele está tendo uma melhora legal e estamos fazendo trabalhos que exigem bastante dele e ele está respondendo muito bem e isso é muito importante.

Paraná-Online – Como está tua cabeça?
Dagoberto – Legal, legal, muito bem. Ninguém quer, sempre falei isso, mas são coisas que podem acontecer na nossa profissão e, infelizmente, aconteceu. Mas, assim como você aprende a lidar com os elogios, com as coisas boas, tem que aprender a lidar com o outro lado também. Eu estou tranqüilo, consciente e Deus ajude para eu voltar a fazer o que eu sempre fiz.

Paraná-Online – E a ansiedade?
Dagoberto – É muita. Até quando eu vou na Baixada e vejo aquela galera toda daquele jeito, aquilo é muito bom, muito gostoso e, com certeza, aquilo dá um estímulo a mais para voltar o quanto antes.

Paraná-Online – Voltar a trabalhar com os outros jogadores te deixa mais feliz?
Dagoberto – Com certeza. Eu passei, bem dizer, cinco meses fechado numa sala de academia, trabalhando e só fazendo exercícios. Sair de lá e vir para cá com todos é muito bom.

Paraná-Online – Deu para notar que as brincadeiras também voltaram.
Dagoberto – Como sempre. Futebol é alegria, com seriedade lá dentro de campo, mas fazendo com que o trabalho se torne um prazer acima de tudo.

Paraná-Online – Você continua sonhando com a volta?
Dagoberto – Eu sempre deixei bem claro que vou voltar quando estiver bem, 100% e quando não tiver dores também. Não adianta nada eu passar quase oito meses parado, fazendo tratamento, e voltar precipitadamente. Agora é hora de ter calma acima de tudo para voltar bem e fazer o que eu sei de melhor.

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