O lateral-esquerdo Renan Lodi, 21 anos, peça fundamental do atual elenco do Athletico, pode seguir desfalcando o time nos próximos compromissos, entre eles, a partida decisiva com o Fortaleza, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, que acontece nesta quarta-feira (5).
A situação da ausência do atleta – que segue sendo muito procurado por clubes estrangeiros – está acontecendo porque o jogador ainda não teve sua ’desconvocação’ da Seleção Brasileira Olímpica aceita. Lodi foi solicitado para a disputa do Torneio de Toulon, na França, mas a diretoria pediu dispensa do atleta visando o calendário atleticano, sobretudo a final da Recopa Sul-Americana. A CBF não liberou o jogador e, com isso, o Rubro-Negro não pode colocar lateral em campo.
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Lodi, que é oriundo das categorias de base do Furacão, está se sobressaindo na equipe desde o ano passado, sendo inclusive um dos destaques da Sul-Americana. O jogador vem sendo alvo de propostas grandes times do cenário mundial e a diretoria do Athletico está segurando como pode sua ’joia’.
A mais recente tentativa de levar o atleta embora foi do Zenit St. Petersburg, da Rússia. O clube ofereceu 20 milhões de euros, cerca de R$ 87,4 milhões para ter o jogador, mas o Furacão novamente recusou. Anteriormente, o Atlético de Madrid, da Espanha, tentou comprar o jogador por 15 milhões de euros. Outros clubes chegaram a monitorar o lateral, como o Manchester City, a Juventus, o Chelsea, o Shaktar Donetsk, o Real Madrid, o Porto e o PSG.
O contrato de Lodi com o Athletico é válido até 2022 e aproximadamente 70% dos direitos econômicos do jogador pertencem ao clube. Por toda essa importância de ter Lodi em campo antes que ele possa deixar a equipe, o técnico Tiago Nunes criticou duramente a CBF por não resolver de vez o caso. Além da falta em campo, o comandante deu a entender que muito em breve o camisa 12 pode não vai mais fazer parte do grupo.
“O que a diretoria me passou é que pelo fato de ele não ter sido inscrito no Torneio de Toulon, de continuar convocado, ele não pode nem mais viajar para a França para jogar, nem atuar aqui no Brasil”, esclareceu o técnico, analisando como imatura a postura da CBF.
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“Lembro da minha infância, das brigas que eu tinha com a minha irmã: ‘a bola é sua, é minha’. É uma coisa de birra, uma briga infantil para ver quem tem mais força”, ressaltou Nunes. O treinador, por enquanto, está ‘de mãos atadas’, pois depende da resolução do problema para colocar Lodi em campo diante do Fortaleza, destacando que possivelmente restem poucos jogos do camisa 13 aqui no Brasil.
“Fico com pena do Renan, que gostaria de estar jogando, pena do torcedor que perde de vê-lo em campo – e quem sabe em suas últimas atuações no futebol brasileiro – e pena do futebol que perde um expoente por briga de vaidade. Estão impedindo o atleta de trabalhar, de jogar. Falta de atenção e carinho com ele. Estão desvalorizando o campeonato que a própria CBF mantém”, finalizou o técnico.