Aniversário

Marco da virada do Athletico, Arena completa 20 anos

Arena da Baixada foi se modernizando nestes 20 anos e hoje tem teto retrátil e gramado sintético. Foto: Jonathan Campos

Hoje, é até clichê falar que um grande clube precisa de um estádio próprio e moderno, que é um passo fundamental para se construir um patrimônio que, gerido com eficiência, pode dar novos rumos à história de uma instituição. Em 24 de junho de 1999, poucos sabiam disso enquanto assistiam à reinauguração do estádio Joaquim Américo – ou, naquele momento, o início da história da Arena da Baixada, um estádio que foi decisivo na transformação do Athletico de um clube periférico para um dos mais fortes do País.

Naquele amistoso contra o Cerro Porteño, vitória rubro-negra por 2×1 com um gol inacreditável do, convenhamos, inacreditável Vanin, teve hino cantado, teve cerimônia de inauguração com políticos, teve coquetel. Mas toda a perfumaria não mostra o real tamanho daquela conquista para o Furacão. Quatro anos antes, o clube vivia sua pior crise financeira, e emergiria com o, naquele momento, estádio mais moderno do Brasil.

+ Leia também: Argentino pode se tornar a contratação mais cara do Furacão

Era um conceito que o nosso futebol ainda não conhecia por completo. Havia estádios em que a torcida ficava próxima do jogo. Também havia um ou outro palco novo, ou com reformas que o deixaram mais atualizado. E também havia estádios que recebiam outros eventos que não fossem uma partida. Mas não uma arena que tinha sido construída do zero, sem aproveitar nada do velho Joaquim Américo, e que agregava tudo que a Fifa impunha como definitivo para a realização de partidas oficiais.

+ Mais na Tribuna: Athletico se reapresenta pra se preparar pra maratona mais decisiva

E não há como não relacionar a Arena da Baixada como um ponto de virada para o Athletico. Naquele mesmo 1999, o time comandado por Vadão conseguiu a primeira vaga para a Copa Libertadores da história do clube. Depois, vieram título brasileiro em 2001, vice em 2004, vice da Libertadores em 2005, outras participações nacionais e internacionais de destaque e, no ano passado, o título da Copa Sul-Americana. Mudando até seu nome, o Furacão deu um salto no futebol nacional – e mudou de patamar.

Outras revoluções aconteceram na Arena, como a reconstrução do estádio para a Copa do Mundo de 2014 e a adoção do gramado sintético. Mas elas são passos seguintes de uma história que começou há exatos vinte anos, e que usa a palavra ’transformação’ como lema.

Atual fachada da Arena da Baixada. Foto: André Rodrigues
Atual fachada da Arena da Baixada. Foto: André Rodrigues