Buenos Aires – Acabou o sonho do Athletico na Libertadores. Na noite desta quarta-feira (31), o Furacão não cumpriu sua promessa, perdeu por 2×0 para o Boca Juniors, na Bombonera, e foi eliminado da competição continental longe de apresentar um futebol ofensivo. Se antes do jogo a confiança era grande, em campo o time não foi pra cima, criou poucas chances e sofreu com uma verdadeira pressão dos donos da casa.

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Agora, as atenções se voltam para o Japão. Na próxima quarta-feira (7), o Rubro-Negro enfrenta o Shonan Bellmare, pelo torneio que até então tinha o nome de Copa Suruga. Na sequência da temporada, ainda tem o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

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Apesar de jogar pelo empate, o Boca Juniors começou o jogo querendo evitar riscos, enquanto o Athletico parecia estar nervoso. Os primeiros cinco minutos foram de total pressão dos donos da casa, que, assim como foi na Arena na semana passada, contava com erros da defesa do Furacão. Por duas vezes os argentinos apareceram livres na frente, mas Jonathan e Wellington se recuperaram e conseguiram evitar o que seria uma situação ainda mais complicada se saíssem atrás no placar logo no começo.

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Pra diminuir o ímpeto do Boca, o Rubro-Negro contou com a colaboração do próprio adversário. Aos oito minutos, Weingandt entrou de sola em Márcio Azevedo e recebeu o cartão amarelo. Os jogadores se revoltaram e foram pra cima da arbitragem, com um príncipio de confusão rapidamente sendo controlado. Mas serviu para o time atleticano sair do sufoco e respirar.

Athletico ficou bem abaixo do esperado na Bombonera e foi dominado do começo ao fim pelo Boca. Foto: Jonathan Campos

Mesmo assim, a primeira boa chance do jogo foi dos donos da casa. Aos 11, Capaldo arriscou da entrada da área e Santos espalmou por cima. Diante da marcação do Athletico, que seguiu cometendo erros, os argentinos voltaram a crescer, sempre encontrado espaços pelo meio. Aos 16, Ábila recebeu sozinho na área e, na saída de Santos, tocou para Nandéz, que tinha o gol aberto. Mas na hora de finalizar, Márcio Azevedo apareceu para tirar quase em cima da linha. Em seguida, o goleiro do Furacão foi exigido em outro chute de Nandéz.

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Do outro lado, o Furacão não conseguia atacar, sendo parado pela marcação pesada do mandante. Em menos de 20 minutos de jogo, já eram três amarelados. No último, quase Nikão balançou as redes cobrando falta, mas a bola passou rente a trave esquerda de Andrada.

O Rubro-Negro em muitos momentos ganhou o meio-campo, tinha mais posse e toque de bola, mas o último passe, o que seria o derradeiro para finalizar, não saía. Là atrás, porém, o sofrimento era grande. Nos últimos minutos foi um verdadeiro massacre. Aos 34, após escanteio, Santos defendeu cabeçada de Zárate e no rebote Pedro Henrique tirou na linha. Aos 44, o arqueiro atleticano foi fundamental, em cabeçada de Mac Allister.

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No segundo tempo, o enredo se repetiu, mas com um desfecho pior para o Athletico. O time teve nas mãos a chance de abrir o placar em cobrança de falta, que terminou em uma jogada mal desenhada. No lance seguinte, o Boca Juniors abriu o placar. Aos 12, Ábila foi lançado, ganhou na velocidade de Márcio Azevedo e chutou forte, sem chances de defesa para Santos.

Jogadores do Boca comemoram gol na Bombonera. Foto: Jonathan Campos.

Depois disso, a apatia do Furacão só aumentou. Enquanto os argentinos continuaram indo pra cima, o Rubro-Negro sentiu o baque. O técnico Tiago Nunes até trocou peças, tentou motivar seus jogadores, mas o que se viu foram os xeneizes com total domínio, pressionando em busca do segundo gol.

O Athletico passou a ser ansioso, cometendo mais erros e se jogando para a frente. À medida que o tempo ia passando, mais difícil ficava uma possível virada. Aliás, quem mais esteve perto de fazer um outro gol foi justamente o Boca.

Nos minutos finais, os argentinos cozinharam a partida, só fazendo o tempo esperar para comemorar a classificação, que veio sem o Furacão nem mesmo fazer valer o número de atacantes em campo e empurrar os donos da casa pra defesa. Ainda deu tempo de o Boca marcar o segundo, com Sálvio e sacramentar a classificação atleticana.

FICHA TÉCNICA

LIBERTADORES
Oitavas de final – Jogo de volta

Boca Juniors 2×0 Athletico

Boca Juniors
Andrada; Weingandt, Izquierdoz, Alonso e Mas; Nandéz (Sálvio), Capaldo, Marcone e Mac Allister; Zárate (Reynoso) e Ábila (Hurtado).
Técnico: Gustavo Alfaro

Athletico
Santos; Jonathan, Pedro Henrique, Léo Pereira e Márcio Azevedo; Wellington, Bruno Guimarães e Nikão (Bruno Nazário); Marcelo Cirino, Rony e Marco Ruben.
Técnico: Tiago Nunes

Local: La Bombonera (Buenos Aires-ARG)
Árbitro: Júlio Bascuñan (CHI)
Assistentes: Christian Schiemann (CHI) e Claudio Urrutia (CHI)
VAR: Andrés Cunha (URU)
Gol: Ábila, 12, Sálvio, 49 do 2º
Cartões amarelos: Weigandt, Nandéz e Izquierdoz (BOCA); Wellington, Pedro Henrique, Bruno Guimarães, Léo Pereira (CAP)

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