Argentina tenta reencontrar o caminho do gol contra o Brasil

O técnico Alfio Basile não corre o risco de perder o emprego, caso a Argentina não vença o Brasil nesta quarta-feira (18), no Mineirão, mas leva uma bela dor de cabeça para o jogo em Belo Horizonte: os gols. Seu time não fez nenhum nos dois últimos confrontos com a seleção brasileira e levou seis. Basile percebeu que não pode partir para cima, sob o risco de ser aniquilado nos contra-ataques como nas duas últimas vezes Por isso, a Argentina jogará fechadinha nesta quarta-feira.

O trauma de Basile são mesmo os contra-ataques. No amistoso em Londres, em 2006, a seleção argentina levou três gols porque partiu para cima e nos contragolpes marcaram Elano (2) e Kaká. A mesma história se repetiu na decisão da Copa América, em 2007 na Venezuela. A Argentina saiu com tudo e sofreu mais três – Julio Baptista, Ayala (contra) e Daniel Alves.

No Mineirão, o treinador argentino quer seu time cauteloso. Sabe muito bem que o Brasil vem desesperado em busca de uma vitória redentora. Basile e toda a Argentina têm na cabeça que, se o time de Dunga vencer no Mineirão, afastará a crise que assombra a seleção. Bobagem se expor.

Nas duas derrotas, especialmente na da Copa América, a Argentina vivia um melhor momento que o Brasil. Agora, no entanto, a situação não é confortável para nenhuma das duas seleções. Os argentinos chegam ao Mineirão após empate por 1 a 1 em casa, domingo, contra o Equador. E o Brasil vem abalado com a derrota por 2 a 0 para o Paraguai.

Basile não terá Verón, machucado. Por sua sorte, sai o veterano volante de pouco poder de marcação e entra o jovem Gago, do Real Madrid, de mais pegada. No ataque, o treinador aposta em Julio Cruz ao lado de Messi. Sai Agüero.

Cruz tem 1,90 metro, mais alto que Lúcio e Juan. Agüero tem 1,72 metro. Basile entende que os baixinhos Messi e Agüero, apesar da boa movimentação e dribles, não teriam força para brigar com os zagueiros de Dunga. O treinador argentino espera a vitória apostando em um time fechado, na habilidade de Messi e na força de Julio Cruz no jogo aéreo.

Argentina – Abbondanzieri; Zanetti, Burdisso, Coloccini e Heinze; Mascherano, Gago, Maxi Rodriguez e Riquelme; Messi e Julio Cruz. Técnico: Alfio Basile.  

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