Mudança

Aramis Tissot assume a presidência do Paraná Clube

Após um quadrimestre de fracassos, o Paraná Clube tenta se reinventar a partir de hoje. Aramis Tissot assume a presidência, ocupando a vaga do licenciado Aquilino Romani. A prioridade: montar um novo time, de olho na Série B. Principal filão do clube, o futebol havia sido colocado em segundo plano, por conta de um “planejamento” para o futuro do Tricolor.

Para modificar esse quadro, o resgate da imagem do clube passa por uma campanha de alto nível na Série B. Este será o norte de Aramis Tissot, que espera aglutinar as muitas correntes existentes com o único objetivo de, após quatro anos, reconduzir o Paraná à elite do futebol nacional. “Isso só será possível com todos remando para o mesmo lado. Quem não quiser vir junto, que desça do barco”, avisou o novo presidente tricolor.

A missão de Tissot é delicada. Afinal, o desempenho pífio no Estadual mostra o quanto o Paraná necessita de reforços. Por conta dessas carências, já na semana passada ele viajou ao interior paulista, onde alinhavou algumas transações. “Precisamos de nove, dez jogadores. Mas isso é algo que será discutido internamente, assim que definirmos as questões envolvendo a direção do futebol”, analisou.

Nessas mudanças estruturais, o Tricolor terá novo comando administrativo e, possivelmente, técnico. A questão não é tratada abertamente, mas, nas declarações de Aramis Tissot, fica implícita a busca por um novo direcionamento para o setor. Paulo César Silva, no sábado, deu entrevista em tom de despedida.

A coletiva de Ricardo Pinto também teve um clima de “fim de um ciclo”, por mais que ele ressalve seu desejo de iniciar um trabalho e não “pegar o bonde andando” como ocorreu neste Estadual. “São questões que vamos debater. Há alguns pontos a serem analisados, mas devemos começar a semana já com decisões definitivas, pois corremos contra o tempo”, frisou Tissot.

A intenção do presidente é seguir um caminho oposto ao de Romani. Tissot pretende “dar expediente” na Vila Capanema, compartilhando as obrigações em relação à sede administrativa (na Kennedy) com outros integrantes do conselho diretor, como o vice financeiro Celso Bittencourt. “Não me vejo entrincheirado atrás de uma mesa. Vou estar no dia a dia do futebol, pois esta deve ser a nossa prioridade”, arrematou Tissot.