Adap programa “surpresa” para tentar virada histórica

Gilberto Pereira prepara surpresas para tentar reverter os 3×0 do jogo de Maringá. Apesar de já ter enfrentado o Paraná três vezes, o técnico da Adap mantém o segredo, não escala o time para a finalíssima do estadual.

Em dois coletivos realizados sexta-feira, no CT do Coritiba, o treinador montou equipes diferentes. Pela manhã, a escalação foi praticamente a mesma da partida de Maringá, com exceção da entrada do volante Leandro -que estava suspenso – na meia e o deslocamento de Mineiro para a lateral-esquerda. Batista deixou o time. À tarde o treinador entregou o colete de titular a Batista e ao atacante Warlley, deixando Souza e Gildázio na reserva. No sábado, houve apenas um treino recreativo.

Gilberto garante que, apesar da desvantagem, a prioridade será conter o ataque paranista. "É ilusão achar que com cinco atacantes teremos um time ofensivo. Precisamos antes neutralizar os pontos fortes do Paraná", falou. Segundo ele, a maior força do tricolor é a capacidade de congestionar o meio-campo e sair em bloco em direção ao ataque. "Às vezes o Paraná joga no 3-7-0, sem deixar de ter força ofensiva. Mérito para o Barbieri", disse o técnico, que destacou individualmente o atacante Leonardo e o meia Maicosuel – mas aproveitando para alfinetar a arbitragem. "Maicosuel é abusado e dribla bem, mas às vezes consegue envolver os juízes", falou. A Adap até hoje contesta o pênalti marcado sobre o meia tricolor no primeiro jogo da decisão.

Ângelo quer se consagrar na capital

A principal revelação da Adap conhece bem os gramados curitibanos. Para o lateral-direito Ângelo, 21 anos, o título paranaense seria uma espécie de resposta ao Atlético, clube que o "criou", mas nunca lhe deu grandes oportunidades.

O lateral defendeu o rubro-negro entre 2001 e 2004, nas categorias juvenil e júnior, e estava no elenco vice-campeão da Taça Belo Horizonte em 2003. Mas uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho, que o deixou seis meses longe da bola, minou sua trajetória. "Voltei na reserva do Murilo. Vi que não seria aproveitado e pedi rescisão de contrato", contou o jogador, que diz ter ficado chateado com o clube. "Tinha o sonho se ser campeão pelo Atlético. Mas não adianta guardar mágoa, tinha muito jogador na época", falou.

Depois do Atlético, Ângelo rumou para Campo Mourão na metade de 2004. Jogou algumas partidas no estadual do ano passado, mas só tomou conta da posição em 2006 -quando ganhou elogios e até prêmio de emissora de rádio curitibana como melhor da posição no estadual.

A ascensão já faz o jogador planejar novos ares em 2006. "Soube que tem time da série A interessado em me contratar. Mas acho que pelo menos uma série B eu disputo", confia o lateral, cujo contrato termina ainda este mês. A diretoria da Adap se nega a falar sobre negociações antes da final do paranaense.

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