Uberaba

Obra interminável

Moradores, comerciantes e motoristas que passam pelo viaduto que liga a Avenida Senador Salgado Filho à Rua Dr. Bley Zornig precisam de mais paciência até que as obras no local sejam concluídas. O prazo pro fim dos trabalhos no local, que era setembro, ganhou nova data. Agora a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), responsável pelo projeto, prevê que tudo fique pronto até dezembro.

De acordo com a Comec, a demora se deu por “problemas de adequação do projeto e por trâmites burocráticos pendentes”. Enquanto isso, o trânsito no local está confuso, com motoristas dividindo a pista com máquinas. Comerciantes e moradores enfrentam transtornos diários.

Desde fevereiro, o caminhoneiro Antônio Marcos Casal, 55, mora praticamente em um canteiro de obras. Sua casa fica em frente ao viaduto e há meses ele “sofre”. “É uma barbaridade, está tudo uma bagunça”, diz. De acordo com ele, a empreiteira continua sem receber e, por enquanto, só a Sanepar está trabalhando.

Além do barulho constante de “máquinas, caminhões e buzinas”, Antônio conta que os desvios pra passagem dos carros também complicam a situação. “Em horário de pico não tem quem aguente. E os carros ainda passam correndo, fica perigoso até pros caras da empreiteira que ficam ali”, afirma ele, que convive também com o pó e o barro. “Coloquei uma lona no portão pra tentar amenizar um pouco. Em casa tá todo mundo com rinite. O vizinho tem um filho pequeno que fica o tempo todo trancado dentro de casa porque não tem condições, coitado”, lamenta.

Impacto nos negócios

Vizinhos do viaduto da Salgado Filho sofrem com bagunça, barulho e poeira. Foto: Gerson Klaina.
Vizinhos do viaduto da Salgado Filho sofrem com bagunça, barulho e poeira. Foto: Gerson Klaina.

“Está horrível. No final de semana que choveu alagou toda minha oficina porque mexeram na saída de água aqui em frente. Os clientes estão reclamando bastante do acesso. Ainda não tivemos prejuízo, mas já estou me programando”, lamenta o empresário Sidnei Ramos, que tem uma oficina em frente ao trecho em obras.

ELe acredita que seu negócio será mais prejudicado em breve, quando a parte de frente da oficina será utilizada como pista pros carros enquanto as obras começarem na pista efetiva. “O trânsito vai passar bem aqui na frente e nem rua é. Vou ficar sem espaço pra tirar os carros. Aí sim vou ter prejuízo”, diz.

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Carolina Gabardo Belo

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