Uma família que preza pelo bem-estar dos outros tem um campeão no voluntariado no Brasil. Humberto Luiz Tozin, 56 anos, mais conhecido como Beto, conquistou reconhecimento nacional por ajudar o próximo. Em Curitiba, ele é voluntário há mais de 10 anos do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, instituição que auxilia centenas de pessoas.
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A família Tozin é tradicional em dois bairros da capital paranaense. Portão e Fazendinha são redutos dos Tozin, onde eles têm comércios e residências. Desde pequeno, Humberto percebeu que contribuir com a sociedade faz diferença. “Minha família sempre foi de ajudar os outros, acho que é de sangue. Eu trabalhava como pintor de carro em oficina e teve casos que eu não cobrava. No meu caminho apareceu o Pequeno Cotolengo e comecei a ajudar no bazar. Peguei gosto, e não consigo ficar longe”, disse Humberto que está há 10 anos na instituição.
Nos primeiros setes anos no Cotolengo, Humberto faltou ao trabalho apenas cinco dias, por motivo de falecimentos de parentes. A rotina é de segunda a segunda, das 5h da manhã até 20h.
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“Quando entrei, eu recolhia o reciclável, separava as doações, levava a roupa na lavanderia. Hoje, eu sigo recolhendo doações e levo para o barracão, separo e ajudo a organizar o bazar”, orgulha-se o voluntário que é neto de José Ângelo Tozin, um dos fundadores do Jockey Club do Paraná, e filho de João Artur Tozin, que foi jóquei. A família é grande, com oito irmãos (um falecido), que também teve o piloto de Arrancadão Giovani Tozin, que é responsável por uma oficina.
Um dos melhores do Brasil
Com a carga horária no voluntariado de 260 horas, Humberto recebeu em 2020, a premiação “Pátria Voluntária”, um projeto do governo federal que incentiva o engajamento social e a participação dos cidadãos em ações transformadoras para a sociedade. Criado em julho de 2019, a ação tem mais de 650 instituições e cerca de 15 mil voluntários cadastrados.
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Humberto foi 5º voluntário com mais horas de voluntariado no Brasil, e recebeu o certificado do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. “Foram dois dias especiais, pois levei o nome do Pequeno Cotolengo para o Brasil. Foi minha primeira viagem, nunca tinha entrado no avião”, recordou Humberto que ao lado dos companheiros de trabalho cumpriram 6.804 horas de voluntariado.
E a vontade de ajudar não parou na vida do Beto. Nos últimos dias, ele acolheu três venezuelanos que ficaram por 20 dias na sua casa. “Eles ficaram até conseguirem emprego, e deu certo. Eu fico contente, minha mãe e pai ficariam felizes. Se bater no meu portão, eu ajudo. Eu sou um cara tranquilo, não preciso de nada. Eu gosto de trabalhar, e peço somente que as pessoas sigam doando”, completou Humberto.
