Curitiba

“Garimpeiro de Curitiba” percorre estradas em busca de pequenos tesouros

Escrito por Gustavo Marques

Já pensou percorrer diariamente rodovias como a BR-277, BR-376, canteiros centrais ou mesmo os perigosos acostamentos das estradas que cortam Curitiba, para encontrar objetos jogados ou perdidos pelas pessoas? Uma profissão arriscada, mas que Germano Lopes da Silva não tem receio ou preguiça, como ele mesmo conta no vídeo abaixo.

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Aos 64 anos, Germano anda 25 quilômetros por dia na busca de itens que tenham algum valor, que possam ser usados ou vendidos. Aliás, esse senhor simpático tem coleção de bonés – peça que costuma voar da cabeça de alguns motoristas ou passageiros.

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Objetos encontrados

Nesta sexta-feira (5), Germano estava no Contorno Sul de Curitiba. Ao comentar sobre o trabalho que faz na cidade, ele definiu que é como uma espécie de garimpeiro. “Eu garimpo. Já encontrei óculos, bijuterias, celular já entreguei para uma pessoa. Hoje está fraco”, disse Germano, em entrevista ao repórter fotográfico Átila Alberti.

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

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O “garimpeiro de Curitiba”, ao fazer essa atividade também acaba limpando lugares que não são limpos com frequência. Ao percorrer diariamente trechos das BR-277 e BR-376, encontra e recolhe latinhas de refrigerante ou de cerveja, que foram jogadas nas rodovias.

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Acidente

Caminhar ao lado dos veículos já causou sustos e até mesmo acidente para o antigo carpinteiro. “Já levei susto várias vezes, com a velocidade dos caminhões e já sofri um acidente, quando um carro passou no meu pé esquerdo”, completou Germano que tem a companhia diária de uma bengala de madeira, uma sacola e chapéu para se proteger do sol.

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Sobre o autor

Gustavo Marques

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