CIC

Uma lombada, por favor!

Há quase um ano, a administradora Valdenise Floriano, 31, passou de testemunha para vítima da violência no trânsito, na Rua Desembargador Cid Campelo, na CIC. Ela, que presenciou vários acidentes em frente à loja de materiais de construção onde trabalha, foi atropelada por uma moto em junho do ano passado. Ainda trata os efeitos do acidente e continua pedindo a instalação de um redutor de velocidade no local.

Logo após o acidente, Valdenise protocolou um pedido na prefeitura, mas reclama que até hoje nada foi feito. “Depois de mim foram quatro pessoas atropeladas em três meses, só aqui na frente. E o pessoal corre mesmo”, reforça ela, que ainda está em tratamento por causa de complicações que teve após o atropelamento. Valdenise quebrou a clavícula e o tornozelo, ficou com problema no joelho e teve trombose. “Sinto um descaso total, já deveriam ter colocado alguma coisa aqui”, lamenta.

O pedido de Valdenise se junta aos de vários moradores e comerciantes da região, que também acompanham a violência no trânsito cada vez maior no local. O trecho mais crítico se localiza próximo ao número 5376 da rua e está entre duas lombadas, numa distância de aproximadamente 500 metros. “O pessoal não respeita, passam muito rápido, de moto ou de carro”, conta o empresário Edmilson Cambiat, 50. “É muito perigoso, principalmente porque temos várias crianças por aqui”, completa a comerciante Cristiane Elias, 35.

 

Recusado

Além das solicitações da comunidade, o assunto também chegou à prefeitura por meio de um pedido protocolado pelo vereador Chicarelli em janeiro. A solicitação foi arquivada e a resposta divulgada no final de março pela Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) justificou que o trecho “não se enquadra na resolução nº 39/98 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabelece os padrões e critérios para a instalação de ondulações transversais”.

A reportagem da Tribuna entrou em contato com a Setran, pedindo explicações sobre o motivo da recusa, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.

 

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Carolina Gabardo Belo

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