CIC

Desenhando o futuro

Escrito por Andrea Côrtes

“Nós amamos o trabalho que desenvolvemos aqui. É uma soma de esforços diária, mas está dando muito certo. Vimos a diferença que o projeto faz na vida das pessoas, trabalhando os valores em cada uma das crianças e jovens que passam por aqui”, conta Rodrigo da Silva Ferreira, missionário e do Projeto Vida desde 2006 e atual vice-presidente.

ONG atende hoje 230 crianças, com aulas no contraturno escolar. Foto: Ciciro Back
ONG atende hoje 230 crianças, com aulas no contraturno escolar. Foto: Ciciro Back

O Projeto Vida é uma Organização Não-Governamental (ONG) que surgiu há 18 anos da vontade de uma família de ajudar o próximo e trabalhar na prevenção contra as drogas. Tudo começou com um ônibus-casa que viajava todo o Brasil levando cultura e assistência social à população. “Além de atividades culturais como dança, música e teatro, eram oferecidos serviços como corte de cabelo, orientação familiar, controle da pressão arterial, entre outros. Mas com o tempo surgiu a necessidade de termos um local fixo e ajudar também pessoas da própria comunidade”, explica Rodrigo.

Projeto começou em um ônibus e hoje tem sede própria. Foto: Ciciro Back
Projeto começou em um ônibus e hoje tem sede própria. Foto: Ciciro Back

A sede social existe há sete anos e está localizada na Vila Nova Barigui, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Em parceria com o Cras Barigui, deu-se início ao projeto que atende crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Além disso, o projeto também dá assistência às famílias, com orientação e aconselhamento em cada caso. O trabalho desenvolvido pela ONG foi destaque da última Tribuna Regional CIC.

Bruno trabalha como voluntário: “Me apaixonei pela causa”. Foto: Ciciro Back
Bruno trabalha como voluntário: “Me apaixonei pela causa”. Foto: Ciciro Back

 

 

Hoje o projeto conta com aproximadamente 45 pessoas, entre funcionários e voluntários e atende 230 crianças por semana. São oferecidas atividades no contraturno escolar como aulas de música e culinária, esporte, inclusão digital, trabalho de prevenção às drogas, artesanato e reforço escolar. O espaço é aberto à comunidade e sem custos. “É prazeroso ver que a maioria das crianças e adolescentes que passam por aqui nós conseguimos resgatar”, conta o ex-militar Bruno Bernardino.

Bruno é um dos voluntários que integram o time e trabalha no projeto em tempo integral. “Já tinha ouvido falar do projeto em 2000, quando eu ainda era criança. Oito anos depois surgiu a oportunidade de viajar com uma parte da equipe e eu me apaixonei pela causa. Estou aqui desde então. Nós temos uma companhia de teatro e até uma orquestra. O problema com a pichação foi resolvido transformando os meninos em grafiteiros e hoje são nossos instrutores. É fantástico”, explica Bruno.

Rodrigo: “Vemos a diferença na vida das pessoas”. Foto: Ciciro Back
Rodrigo: “Vemos a diferença na vida das pessoas”. Foto: Ciciro Back

Quem quiser ajudar pode fazer doações através da conta de luz, depósitos em dinheiro ou com doações de roupas para o bazar localizado ao lado da sede. Há também a cozinha social que, através da venda de marmitas, consegue arrecadar verba para manter as contas do projeto, já que a casa é alugada. “Nosso objetivo para o futuro é ampliar a escola para atender mais pessoas e reformar um dos ônibus-casa que está parado”, diz Rodrigo.

Foto: Ciciro Back
Foto: Ciciro Back

 

Sobre o autor

Andrea Côrtes

(41) 9683-9504