Quem mora nos bairros Campo Comprido e São Braz sabe da dificuldade que é passar pelo Viaduto do Orleans nos horários de pico. No início da manhã e no final de tarde, os carros se amontoam nas marginais da BR-277, que dão acesso ao viaduto, que liga a Avenida Vereador Toaldo Túlio à na Rua Professor João Falarz.
Quem mora ou trabalha na região afirma que o caos acontece por causa do número de pistas do viaduto: duas faixas no sentido Campo Comprido e apenas uma no sentido São Braz. “É muito pouco. Se você parar pra pensar essas três faixas aguentam o transito da Av. Toaldo Túlio, da Rua Professor João Falarz e dos motoristas que transitam pela BR-277. Então afunila tudo”, explica o taxista Edson Cardoso, que há 26 anos trabalha na região.
Edson conta que nos horários de picos as filas de carros tomam conta de quase todas as ruas da região. “É engarrafamento na Toaldo Túlio, na Professor João Falarz, nas marginais da BR-277 e até na própria BR-277. Sem contar as ruas menores da região, que ficam lotadas porque o trânsito não consegue fluir pra nenhum lado. Quando acontece algum acidente no Contorno Sul a coisa também fica complicada”, afirma.
O auxiliar de produção Roberto Pereira, que é morador do São Braz, conta que o cruzamento da Toaldo Túlio com a Rua Virgínia Dalabona, que fica ao próximo ao viaduto, contribui para prejudicar o trânsito na região. “É muito semáforo perto um do outro. Mesmo com os tempos diferentes para o trânsito fluir melhor, os sinais não dão conta de todo o movimento que passa por aqui”, diz.
O taxista Anderson Graebin relata aos Caçadores de Notícias que a promessa de melhorar a situação na região é antiga, mas até agora nada aconteceu. “Já falaram que vão alargar o viaduto, implantar saídas da BR, mas nunca fizeram nada. A situação aqui complicou muito desde que os bairros começaram a crescer. O trânsito aumentou nos últimos dez anos, mas até agora não fizeram muita coisa pra mudar”, diz.
Alargamento
Na semana passada, o vereador Mauro Ignácio (PSB) levou a situação caótica do trânsito na região do Viaduto do Orleans às mãos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Segundo o vereador, o órgão já tem estudos avançados para um binário e a construção de um novo viaduto. “É um projeto muito bom, só que é para daqui a dez anos. O que precisa ser feito agora é um alargamento do viaduto que já existe. Tem que colocar pelo menos uma faixa extra em cada sentido para o trânsito fluir melhor na região”, opina.
Ainda de acordo com o vereador, o Ippuc já conta com um projeto de alargamento do viaduto. “A nossa ideia é fazer com que esse projeto, que foi feito na administração anterior, seja reaproveitado e colocado no orçamento de 2016”, pondera.
Em nota, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) informa que neste momento está detalhando o projeto do novo binário. “Da mesma forma, estão sendo realizados estudos a respeito do possível impacto a ser gerado com o alargamento do viaduto já existente, e suas possíveis consequências em termos de mobilidade urbana. Assim que os estudos e projetos estiverem concluídos, os mesmos serão apresentados ao vereador Mauro Ignácio e à comunidade”, promete o órgão.
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