Butiatuvinha

Escuro e isolado

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Falta de iluminação, poucos pontos de ônibus e espaços públicos mal cuidados. Estas são as reclamações dos moradores da região do Butiatuvinha, próximo ao Contorno Norte. Quem mora nas redondezas da Estrada Ângelo Pianaro afirma que boa parte dos postes da via ficam apagados durante a noite. Os moradores também reclamam que o ônibus da linha Butiatuvinha não atende essa parte do bairro e que a única opção de lazer da região, o Parque Italiano, sofre com a depredação e presença de usuários de drogas.

O representante comercial Sandro Guaita é morador de um condomínio residencial localizado na Rua Hermenegildo Luca e tem liderado as ações dos moradores da região para tentar mudar a situação. Ele conta que, durante a noite, motoristas e pedestres correm perigo ao trafegar pela Estrada Ângelo Pianaro. “Há muitos postes com as lâmpadas queimadas e até mesmo quebradas. Até esses dias atrás o mato estava tomando conta da rua. A rua estava totalmente largada”, afirma.

Guaita ainda conta que teve o trabalho e de identificar os postes sem iluminação e passar pra prefeitura. “Liguei um dia 156 e me pediram pra ver quais postes que era. Então, um dia a noite eu e meu filho fomos lá e identificamos pelo menos seis postes com lâmpadas apagadas e enviamos à prefeitura”, lembra.

A dona de casa Maria Eugênia de Lima, que mora no bairro há mais de 30 anos, também reclama da falta de iluminação a região da Estrada Ângelo Pianaro. “Muitas vezes para ir na padaria ou até pra apanhar o ônibus é complicado, pois não tem luz e nem calçada. E os carros passam rápido e uma tarefa simples se torna perigosa”, diz.

Sem ônibus

Quem mora na região também está na bronca com o trajeto do ônibus da linha Butiatuvinha, que apenas passa pela Rua Domingos Benatto e só transita na Estrada Ângelo Pianaro no trecho localizado no outro lado do Contorno Norte. “Meu filho estuda no Centro e todas as manhãs eu tenho que leva-lo até o ponto mais próximo que fica a quase um quilometro de casa. Já pedimos pra Urbs mudar o trajeto, mas eles afirmaram que o condomínio onde moramos é de alto padrão e não necessita de ônibus”, relata Guaita.

As condições do Parque Italiano também geram revolta entre a vizinhança. Guaita afirma que evita utilizar o espaço por se sentir inseguro. “O lugar é lindo, mas muitas vezes tem usuários de drogas e maus elementos circulando. E como não tem policiamento, muitos vizinhos evitam andar por lá. Além disso, a entrada do parque está depredada, com muito lixo jogado no chão e pichações”, reclama.

Prefeitura promete vistoria

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas, devido às muitas reclamações protocoladas recentemente em relação à iluminação da região, equipes vão realizar uma vistoria nos postes da Estrada Ângelo Pianaro. A pasta ainda informou que desconfia de que cabos elétricos estão sendo roubados das estruturas de iluminação do bairro.

Em relação à depredação do Parque Italiano, a Guarda Municipal de Curitiba (GM) informou que a demanda será repassada para o núcleo da corporação em Santa Felicidade para que providências sejam tomadas. “Reforçamos que, para que haja uma ação mais efetiva e pontual, é preciso que a população denuncie através do telefone 153. Só assim poderemos ter dados e informações para agir”, afirma o Inspetor Frederico, diretor da GM.

A respeito do itinerário da linha Butiatuvinha, a Urbs alega que não recebeu nenhum pedido formal de alteração e que o tema também não foi citado por moradores da região na audiência pública realizada na noite da última terça-feira na regional Santa Felicidade, para tratar do orçamento de 2015. Segundo a gestora do transporte coletivo, os moradores podem formalizar a solicitação pelo telefone 156 ou diretamente no órgão. Mas ressalta que por enquanto não há nenhum estudo para modificar a rota da linha.

A Urbs explica ainda que o trajeto do Butiatuvinha foi discutido com a comunidade e priorizou o lado da Estrada Ângelo Pianaro com maior demanda. A justificativa é que o ponto de ônibus mais próximo está situado a 500 metros do condomínio e que, se o veículo circulasse por lá, o percurso para os demais passageiros aumentaria em 2 quilômetros. De acordo com a Urbs, nada impede que futuramente a situação seja reavaliada.

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