Um trecho inacabado da ciclofaixa da Avenida Marechal Floriano Peixoto tem complicado a vida dos ciclistas que passam pela via diariamente. A falha está localizada entre as ruas Italino Peruffo e Waldemar Loureiro dos Santos, bem próximo ao Terminal do Carmo. Neste ponto a ciclofaixa está incompleta, apenas com os pontilhados pintados no chão. A situação faz com as bicicletas desviem o trajeto pela rua ou até mesmo pela canaleta.
Quem passa de bike pelo trecho afirma que o ponto é perigoso, já que fica muito próximo ao terminal de ônibus e conta com diversos cruzamentos. O motorista autônomo José Roberto Pampu é um dos líderes do Grupo Pedalada Cristã e usa frequentemente as ciclofaixas da Avenida Marechal Floriano Peixoto. Ele conta que não entende como deixaram de concluir apenas uma parte da via exclusiva para bicicletas. “Fizeram a ciclofaixa na avenida inteira e deixaram apenas alguns metros inacabados. Não tem lógica”, reclama.
De acordo com Pampu, a falha de sinalização faz com que motoristas estacionem seus carros na área destina às ciclofaixas e com isso os ciclistas são obrigados a transitar na rua. “É um desvio perigoso que somos obrigados a fazer. A ciclofaixa funciona bem ao longo de toda a avenida, mas falha aqui e essa falha ainda pode causar algum acidente”, afirma.
O ciclista ainda conta que o problema na ciclofaixa da Avenida Marechal Floriano Peixoto atinge tanto ciclistas que usam a via por lazer, como aqueles trafegam nela para ir e voltar do trabalho. “Nós temos um grupo que faz duas vezes por semana uma pedalada até a Praça do Japão. São 100 bicicletas passando pelo trecho. É uma confusão danada. Mas durante a semana muitos ciclistas que usam a bike como meio de transporte sofrem com esse problema”, afirma.
Segundo Pampu, várias reclamações já foram feitas junto à prefeitura através do telefone 156, mas até o momento nada foi feito. “Estamos esperando até agora alguma ação eficaz para evitar que acidentes aconteçam aqui”, conclui.
Sem projeto
Por meio de nota, o Instituto de Pesquisa e Planejamento urbano de Curitiba (Ippuc), órgão responsável pela malha cicloviária da capital, informou que o trecho citado pelos ciclistas não foi concluído nesta fase da obra porque não constava no projeto, que é da gestão anterior. Por questões contratuais, o órgão informa que este trecho não pode ser acrescido ao conjunto da obra, para não perder a verba que já estava garantida. No entanto, segundo o Ippuc, a prefeitura já havia detectado o problema e a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) vai complementar este trecho da ciclofaixa, por compreender que ele é fundamental para a segurança dos ciclistas. Só que é preciso remanejar dinheiro para concluir a obra. Embora o município prometa resolver a questão com a maior brevidade possível, o Ippuc não passou nenhum prazo para que isso aconteça.