Atuba

Impasse no Atuba

O crescimento de uma área de invasão no Atuba, próximo ao limite de Curitiba com o município de Colombo, se tornou motivo de impasse entre os moradores regularizados e os que estão se instalando no local. O imbróglio envolve ainda a prefeitura e possíveis proprietários particulares de terrenos ocupados.

Enquanto os novos habitantes esperam auxílio da prefeitura, os vizinhos reclamam das condições de higiene na região. Um morador que entrou em contato com os Caçadores de Notícias, mas preferiu não se identificar, reclamou da situação, que, de acordo com ele, vem piorando há aproximadamente um ano.

O ponto está localizado no final das ruas Javert Manfredini e Waldemar Bona. “Eles acumulam restos de construção e entulhos para fazer um aterro, mas ali é uma área de preservação ambiental”, lamenta. “Está virando um lixão. É a mais nova favela de Curitiba”, critica o morador que também se diz preocupado com as condições de segurança na região. O acúmulo de restos de construção está trazendo ainda problemas na limpeza da área. O morador afirma que é comum encontrar ratos e insetos entre as casas e que a situação já foi repassada à prefeitura.

A assessoria de comunicação da prefeitura confirma o recebimento da denúncia feita pelos moradores regularizados e informou que um fiscal deve verificar in loco a situação, inclusive se se trata ou não de uma área de preservação ambiental. Isto deve acontecer ainda hoje. Além disso, a situação no local estaria até sob apuração do Ministério Público e pode ainda envolver um possível processo de reintegração de posse.

Outro lado

Um dos primeiros a se instalar na área, há quatro anos, o servente Valdinei Carvalho Bonete, 29, conta que os moradores estão organizando o terreno “no braço” e que ocupam uma área que é da prefeitura de Curitiba. Eles já teriam inclusive, recebido visitas da administração municipal para dar início ao processo de regularização.

De acordo com Bonete, a caliça é utilizada para aterrar o terreno onde moram mais de 200 famílias que até se mudarem para a área pagavam aluguel na Vila Esperança, localizada ao lado da ocupação. “Queremos melhorar. Estamos pedindo ajuda para fazer uma rua e ter rede de água, esgoto e luz, que hoje é clandestino”.

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– O que a prefeitura deve fazer? Regularizar a invasão ou desocupar a área?

Você conhece outro local da cidade com áreas de ocupação irregular recente?

– Tem despejo de lixo ou entulho irregular no seu bairro?

Sobre o autor

Carolina Gabardo Belo

(41) 9683-9504