Há exatamente um mês a reportagem do Caçadores de Notícias foi até a Rua Campina da Lagoa, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, para apurar uma denúncia dos moradores. A reclamação era a passarela sobre o Ribeirão dos Padilhas, que estava com a estrutura totalmente comprometida. Uma semana depois da matéria ser publicada, a ponte caiu e foi interditada. Não há mais acesso para os moradores e a situação só piora, isso porque não há previsão para início de obras no local.

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A ponte, que liga os bairros Sítio Cercado e Alto Boqueirão, e serve como travessia para centenas de moradores, caiu no dia 16 de novembro, poucos dias após a denúncia mostrando o estado precário da estrutura ser publicada na Tribuna do Paraná.

Na ocasião, a Prefeitura de Curitiba foi procurada para se manifestar sobre a situação da passarela e informou uma interdição. O órgão ainda prometeu “estudos e projetos para construção de uma nova estrutura metálica no local”, e ressaltou que após a conclusão, seria possível mensurar o valor e o prazo para execução. Mas, até agora, somente a interdição do local foi feita e quem é morador está na bronca com a prefeitura. Afinal, até quando será preciso cobrar soluções?

Mesmo após interdição, moradores continuam usando a ponte. Foto: Átila Alberti

“Eu passava por aqui todos os dias e agora com a estrutura comprometida eu estou me arriscando entre esses ferros, porque a volta que a gente tem que dar é enorme. Eles interditaram a ponte, mas nada foi feito e desse jeito não dá para ficar. Como que fica durante a época de aula? Eu não acho certo passar por cima da ponte sem tábuas e do jeito que está, mas é a saída que eu tenho”, desabafou um morador da região que optou por não divulgar seu nome.

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Além de servir como acesso para moradores, na passarela passam dezenas de alunos da Escola Municipal Érico Veríssimo, que fica no bairro, e o risco se torna ainda maior para os pequenos, já que não há proteção nas laterais da ponte, o que pode causar um grave acidente.

“Eu passo com os meus dois filhos pequenos e mais outras duas crianças que eu levo para a escola. A gente passa e balança tudo, e quando chove fica ainda pior. A gente tem bastante medo de que um acidente aconteça, ainda mais por eles serem pequenos, né? Esse lugar precisa de uma reforma urgentemente”, cobrou a mãe Ana Claudia Ribeiro, 23 anos.

Foto: Átila Alberti

E a reforma?

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A Prefeitura de Curitiba informou que o local continuará interditado e que daqui 15 dias equipes do Departamento de Pontes e Drenagem vão retirar a estrutura metálica da antiga ponte. A intenção é evitar acidentes, já que muitos moradores estão se arriscando e passando por cima da estrutura.

No entanto, quando o assunto é reforma, o órgão alegou que ainda não foram finalizados os estudos e projetos para a construção de uma nova passarela no local, e que estão sendo levantados os custos para definir o orçamento da obra. Depois dos custos serem levantados, será possível fazer uma licitação e contratar uma empresa especializada para construir a passarela. A data de início da obra não foi informada.