Solidariedade curitibana que dá orgulho

Enquanto pessoas de alto coturno seguem dando maus exemplos, são indivíduos comuns que nos dão lição de vida. Ao passo que togados, diplomados e poderosos muitas vezes envergonham a sociedade, cidadãos anônimos marcham no sentido da civilidade e do bem comum. O dia que este time vencer aquele, ou aquele aprender com este e mudar seus costumes, a maioria dos nossos problemas estará resolvido.

A solidariedade marcou nossa redação nos últimos dias. Não que isso não seja comum. Ainda bem! Boa parte dos conteúdos que nossos jornalistas produzem, tentando conectar quem precisa com quem está afim de ajudar, felizmente dão muito resultado positivo.

Mas o caso dos quíntuplos mexeu conosco. E com muitos dos nossos leitores. Anieli e Luís Fernando já têm o Davi e estão grávidos de cinco. Se ainda não conhece a história deles, dá uma olhada aqui. A partir daí, uma enxurrada de doações começou a chegar. Roupas, fraldas, leite em pó. E o que parecia impossível começou a ficar menos difícil pro casal. Que ainda vai precisar de muito apoio. Fica a dica!

Outra reportagem que tocou fundo foi a do Tiago, garotinho vitimado por uma síndrome rara. Ele precisava fazer um exame genético caríssimo, que custa R$ 7 mil. Pois, depois que contamos a história dele, apareceu o dobro na contabilidade da família. O exame já foi feito e o restante do dinheiro será usado pra custear outras despesas médicas.

Nessas duas historinhas de vidas falamos de pouco dinheiro. Muito pra eles que precisam, claro. Mas quase nada se compararmos a tanta grana mal-empregada no nosso país.

Vergonha

Enquanto nós aqui nos preocupávamos com a saúde de duas crianças, acompanhamos nos noticiários novas decisões esquisitas no Supremo Tribunal Federal, uma série mundial de bate-bocas por causa do incêndio na Amazônia e até novos capítulos dos vazamentos polêmicos de conversas entre procuradores da Operação Lava Jato.

Nada disso impediu que, no nosso quintal, o bem fosse feito. Antes de analisar de maneira torta e torpe nossa Constituição, e proferir votos carregados de pessoalidade, nosso nobre ministro Gilmar Mendes, do STF, deveria ler reportagens como essas duas que aqui destacamos. Elas valem muito mais que qualquer das suas odiosas declarações públicas.

Gilmar é só o exemplo. Poderiam ser outros tantos dos nossos “funcionários”. Afinal de contas, é isso que todos eles são.