“Justiça em Família” é uma cópia descarada dos dramalhões de ação dos anos 80

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Cena do filme "Justiça em Família" (Sweet Girl). Foto: Clay Eno/Netflix

Um dos maiores destaques da Netflix para 2021, “Justiça em Família” (Sweet Girl) finalmente estreou no serviço de streaming, na última sexta-feira (21). Com elenco de peso e apostando em drama e cenas de ação, o longa já garantiu o primeiro lugar no top 10 de produções mais vistas na plataforma. Mas será que ele realmente é bom? Explico nos próximos parágrafos.

Antes de tudo, vamos entender do que se trata a trama. “Justiça em Família” é sobre um viúvo que perde a esposa para o câncer. Ele promete fazer justiça com as próprias mãos e, ao mesmo tempo, tenta proteger sua filha, a única família que lhe resta.

Do estreante diretor Brian Andrew Mendonza, o novo longa tem como estrela principal, Jason Momoa, ator que dá vida ao Aquaman, e a presença de Isabela Merced (“Dora e a Cidade Perdida”), Adria Arjona (“Círculo de Fogo: A Revolta”); Manuel Garcia-Rulfo (“Sicario: Dia do Soldado“) e Justin Bartha (“A Lenda do Tesouro Perdido”).

O longa tem o mesmo produtor de “Rampage: Destruição Total”, Brad Peuton.

Ao estilo anos 80

Instigante, ágil e emocionante. “Justiça em Família” tem uma direção dinâmica, com boas cenas de ação, como as típicas produções dos anos 80. O diretor Mendonza tenta fazer o trabalho de casa e entrega um longa com tema relevante, fisga o público com afetividade e utiliza a vingança como justificativa, sem palco para julgamento. Ou seja, dramalhão de justiça com as próprias mãos.

Já o roteiro assinado pela dupla Gregg Hurwitz (“O Livro De Henry”) e Philip Eisner (“O Enigma do Horizonte”) é simplório e entrega o desfecho logo nos primeiros trinta minutos de filme.

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Cena do filme “Justiça em Família” (Sweet Girl). Foto: Clay Eno/Netflix

Jason Momoa é o novo Steven Seagal, Bruce Willis e Sylvester Stallone. A sensação é de que a Netflix está perdendo em trazer produções originais, foca em produções como os blockbusters dos anos 80 e 90 para manter os assinantes.

Assim como “Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”, por exemplo, a Netflix mais uma vez copia o que já se encontra nos cinemas há muito tempo. Vale lembrar que em junho o streaming lançou o longa espanhol “Xtremo”, que inclusive, tem os mesmos defeitos do longa hollywoodiano.

“Justiça em Família” pode até conquistar o público e assumir o top 10, mas se o objetivo da Netflix é se qualificar no streaming e justificar o aumento de preço com intuito de intensificar as produções de conteúdos originais; este não é o caminho. Amazon Prime Video, HBO Max, Paramount+ e o estreante Star+, por exemplo, oferecem estes mesmos longas por muito menos.

Avaliação: ⭐⭐1/2
Pra quem curte: Ação
Pra assistir com: Crush ou sozinho
Filmes e séries semelhantes: The Old Guard, O Protetor e Resgate

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